Em pouco mais de duas décadas, os millennials e a geração Z devem herdar, nos Estados Unidos, 73 trilhões de dólares dos baby boomers — uma transferência de riqueza nada desprezível. A forma como irão investir esse dinheiro, no entanto, deve divergir bastante daquela escolhida pela geração passada. É o que mostra uma pesquisa divulgada recentemente pelo Bank of America, que ouviu cerca de mil adultos com pelo menos 3 milhões de dólares para investimento. 

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Segundo a pesquisa, a geração mais jovem de investidores, com idades entre 21 e 42 anos, é muito menos afeita a aplicar seu dinheiro em ações, optando por ativos como criptomoedas e outros investimentos alternativos. Na opinião de aproximadamente 75% desse grupo, não é possível superar os indicadores de mercado investindo apenas em ações e títulos tradicionais — visão mantida por apenas 32% da geração mais velha. 

Ainda de acordo com o relatório, 47% dos investidores mais jovens possuem algum tipo de ativo digital. Na média, eles alocam 15% de todo o seu portfólio em criptomoedas, percentual que não ultrapassa 2% quando se observa a geração mais velha. Além desse tipo de investimento, esse público tem optado por aportar recursos em ativos imobiliários, private equity , investimento direto em empresas e fundos ESG. Entre os mais velhos, a predileção é por ações domésticas, imóveis, fundos de mercados emergentes, ações internacionais e private equity.  

Outro dado curioso é que 66% dos investidores mais jovens possuem investimentos em obras de arte, contra 23% entre os mais velhos. Assim como os baby boomers, eles dizem fazer esse tipo de aquisição pelo seu valor estético, porém são muito mais propensos a se desfazer de uma obra de arte caso ela se valorize.  

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