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Emissões de valores mobiliários saltam 50% no primeiro trimestre puxadas por debêntures
Produtos como CRI, CRA, FII e FIDC registaram crescimento nos valores captados superior a 70% sobre igual período do ano passado
Valores mobiliários, Emissões de valores mobiliários saltam 50% no primeiro trimestre puxadas por debêntures, Capital Aberto

O mercado de capitais registrou no primeiro trimestre do ano uma alta expressiva nas emissões em praticamente todos os instrumentos, com apenas duas exceções: fundos de investimentos em participações (FIP) e Notas Promissórias. Quem puxou a fila em captações foram as debêntures com R$ 77,2 bilhões, avanço de 74% sobre igual período do ano passado. Já o maior avanço em termos percentuais foi registrado pelos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) com 107% mais captações na mesma base de comparação, chegando a R$ 16,4 bilhões.

Entre janeiro e março deste ano, segundo dados do Boletim Econômico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor das emissões chegou a R$ 175.9 bilhões, percentual quase 50% acima do mesmo período de 2023. Quando olhados os títulos individualmente, as debêntures foram o destaque em volume de recursos seguidas pelos fundos imobiliários (FIIs) cuja emissão saltou de R$ 15,2 bi para R$ 27,65 bi (+81,6%). Os dados divulgados pela CVM se referem apenas às captações concluídas no primeiro trimestre. Ainda por produto, houve redução nos FIPs, com queda de 37%, parta algo próximo de R$ 23 bilhões, e as Notas Promissórias que não tiveram registro no relatório, após R$ 3,3 bilhões levantados em 2023 (1º tri).


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O primeiro trimestre foi marcado também por mudanças regulatórias que restringiram o lastro para emissão dos papeis securitizados CRI e CRA (agronegócio). Embora a expectativa fosse de queda nas emissões, o boletim não aponta qualquer recuo, ao contrário. As emissões de CRI mais que dobraram na comparação trimestral, chegando a R$ 16,4 bilhões. Os CRAs levantaram no mercado primário R$ 11,8 bi, um avanço também expressivo na casa dos 78%.

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O relatório da CVM destaca que 94% das emissões no trimestre foram feitas pela Resolução CVM 160, a regra geral aplicável a ofertas públicas de distribuição primária ou secundária, conforme o estoque de ofertas referentes ao “regime antigo” vão sendo comunicadas como encerradas. O regulador registrou um aumento de 6% no conjunto de participantes regulados, totalizando agora 87.155 participantes. Novamente destaca-se o crescimento anual do setor de plataformas eletrônicas de investimento participativo (“crowdfunding”), tendo este grupo observado a maior taxa de crescimento anual quando considerados todos os demais, avanço de 27%, a 75 canais, número que se encontra em linha com o crescimento no valor emitido via ofertas regidas pela Resolução CVM 88. O valor captação via crowdfunding, de R$ 250 milhões em três meses representa 70% de todo o captado ao longo do ano passado.

O Boletim trimestral da CVM traz dados da evolução dos fatores de risco e associa ao desempenho da renda variável doméstica. “No primeiro trimestre de 2024, pode-se destacar um descolamento de performance do indicador de renda variável brasileiro em relação aos demais mercados emergentes e desenvolvidos, correlacionado a uma queda nos influxos monetários de investidores estrangeiros no mercado secundário”, afirma o relatório, acrescentando que o movimento de deterioração no indicador de risco de liquidez observado pode ser associado a esse mesmo contexto. O gráfico mostra saídas líquidas de recursos estrangeiros da B3 ao longo dos três primeiros meses do ano.

Em termos de rentabilidade dos diferentes tipos de indicadores/ativos, o boletim da CVM informa que em primeiro lugar ficou o Bitcoin. Com a aprovação do ETF de BTC pela SEC americana e a expectativa pelo halving, a cripto acumula retorno de 71% no trimestre. A piora na percepção de risco global explica o segundo colocado no ranking, o ouro, cujo retorno chegou a 20,8% na mesma base de comparação, seguido pelo S&P 500 com avanço de 10,2%. Na ponta negativa estão Ibovespa, queda de 4,5%, IBRX-50, recuo de 4,3%, e o IGC-Novo Mercado, menos 4,9%.


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