O inverno cripto — apelido dado à brutal queda que reduziu o valor de mercado total das criptomoedas de cerca de 3 trilhões de dólares em novembro de 2021 para menos de 1 trilhão de dólares em junho deste ano — não congelou novos negócios no setor. Muito pelo contrário. De lá para cá, renomados grupos de investimento mergulharam de cabeça nesse segmento, interessados em monetizar o entusiasmo dos investidores por ativos digitais. E o aquecimento do setor é evidente tanto no Brasil como no exterior.
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Uma das mais importantes corretoras dos Estados Unidos, a Charles Schwab lançou na semana passada um fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) que visa dar aos investidores exposição global a empresas que podem lucrar com a criação ou uso de criptomoedas e outros ativos digitais. Já a gestora de recursos Schroders, do Reino Unido, comprou, em julho, uma participação na asset de ativos digitais Forteus.
Quem também vem aumentando suas apostas no mercado cripto é a BlackRock. A maior gestora de recursos do mundo não só anunciou recentemente a estreia de um fundo “spot” de bitcoin para investidores institucionais, como também concordou em unir sua plataforma de tecnologia Aladdin à bolsa de criptomoedas Coinbase. Com isso, os 82 mil profissionais de investimentos que usam a Aladdin terão acesso facilitado à negociação, custódia, corretagem e relatórios de criptomoedas. “Nossos clientes institucionais estão cada vez mais interessados em ganhar exposição aos mercados de ativos digitais e estão focados em como gerenciar com eficiência o ciclo de vida desses ativos”, disse Joseph Chalom, chefe global de parcerias estratégicas de ecossistemas da BlackRock, em comunicado.
No Brasil, a XP e o BTG Pactual, dois dos maiores players de investimentos do mercado, anunciaram nesta semana o lançamento de plataformas próprias para negociação de ativos digitais. Chamada Xtage, a plataforma da XP será voltada inicialmente a transações envolvendo o bitcoin e ether. Já a Mynt, do BTG Pactual, disponibiliza também negociações com solana, polkadot e cardano, moedas menores em termos de capitalização, mas que vem ganhando popularidade.
“Esse cenário mostra que os grandes gestores de recursos começam a considerar as criptomoedas um investimento real, abraçando o que durante anos foi quase ridicularizado”, afirmou Chris Brendler, analista sênior de pesquisas da consultoria DA Davidson, ao Financial Times.
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