Não há dúvidas de que as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) avançaram rapidamente no mundo corporativo nos últimos anos. Uma pesquisa feita pela consultoria americana Harris Poll, a pedido da Google Cloud, revela, entretanto, dados preocupantes. Dos 1.491 executivos que participaram do estudo — entre presidentes e diretores de empresas com mais de 500 empregados —, dois terços disseram questionar se as práticas adotadas pelas suas companhias na área da sustentabilidade são genuínas. Além disso, quase 60% dos entrevistados reconheceram que suas empresas já praticaram greenwashing — termo usado para designar iniciativas que teoricamente beneficiam a sociedade e o meio ambiente, mas não encontram respaldo na realidade.
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Decepcionantes, os números evidenciam que as companhias ainda têm muito o que aprender — e evoluir — na seara ESG. Na visão de 65% dos entrevistados, um dos maiores desafios em relação ao tema está na mensuração dos progressos feitos. Apenas 36% dos executivos disseram que suas companhias adotam métricas para acompanhar os resultados de suas ações de sustentabilidade.
Essa realidade, no entanto, tende a mudar — pelo menos no que diz respeito ao acompanhamento que as companhias fazem de suas emissões de gases de efeito estufa. No mês passado, a Securities and Exchange Commission (SEC) apresentou uma proposta que prevê que todas as empresas listadas em bolsas americanas — inclusive estrangeiras — divulguem anualmente ao mercado suas emissões de CO2 de escopo 1 (resultado direto das atividades) e escopo 2 (consumo de energia).
Os reguladores também estão atentos à disseminação do greenwashing. No Reino Unido, o número de propagandas que foram barradas por causa desse tipo de “maquiagem” triplicou em 2021. Não à toa, a Comissão Europeia considera lançar uma regulação que impeça empresas de fazerem publicidade com informações ambientais que não possam ser comprovadas.
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