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Inflação americana sai em linha com projeções e a brasileira desacelera
A reação no mercado acionário foi positiva, com alta em todas as bolsas americanas e com Ibovespa no campo positivo
Inflação, Inflação americana sai em linha com projeções e a brasileira desacelera, Capital Aberto

Os indicadores de preços nos Estados Unidos e no Brasil, divulgados nesta sexta-feira (26), foram bem recebidos pelo mercado. A inflação medida pelo IPCA-15 de abril apresentou alta de 0,21%, desacelerando frente ao dado de março (0,36%). Já o PCE americano ficou em 0,3% em março, dentro do esperado. Em 12 meses, acumula 2,8%, o mesmo patamar observado em fevereiro.

“O PCE desta sexta-feira mantém os cortes de juros na mesa para 2024, mas esperamos que quaisquer cortes de juros ocorram no final do ano, o que permitirá ao Fed analisar mais alguns relatórios de inflação para garantir que a reaceleração da inflação nos últimos meses foi de fato um aumento temporário e não algo mais sustentável”, disse Clark Bellin, presidente da Bellwether Wealth.

No final da manhã, o Ibovespa subia quase 1,4%. Nos Estados Unidos, as bolsas também operavam no campo positivo. Nasdaq subia 1,92%; S&P 500 exibia 1,12% de valorização e Dow Jones 0,53%. No curto prazo, escreveram estrategistas do Bank of America, liderados por Michael Hartnett, não deve haver mudanças no mercado de ações americano, que continuará dependendo do movimento de megacaps até que um aumento nas taxas de juros reais provoque receios de recessão. Essa concentração permanecerá intacta até que os rendimentos reais dos títulos americanos de 10 anos – taxas ajustadas para refletir o custo real dos recursos – subam para cerca de 3%, “ou rendimentos mais altos combinados com spreads de crédito mais amplos ameacem uma recessão”, escreveram os analistas.

No Brasil, a inflação medida pelo IPCA-15 veio abaixo das previsões da Kínitro Capital, que era de 0,27%. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. “O desvio em relação à nossa projeção se concentrou em passagens aéreas, cuja deflação veio maior que a esperada, assim como alimentação fora do domicílio, energia elétrica e veículos. Por outro lado, tivemos surpresa para cima em recreação, cuidados pessoais e comunicação”, comentou João Savignon, head de pesquisa macroeconômica da Kínitro.

“Para o ano, projetamos um IPCA de 3,6% e, diante desse cenário inflacionário, o BC poderia seguir com o seu guidance atual, isto é, de promover mais um corte de 50 pontos na reunião de maio e indicar a desaceleração do ritmo a partir da reunião de junho”, avalia Savignon. No entanto, pondera o economista, a mudança recente da comunicação da autoridade monetária por conta do cenário externo, aliada à reprecificação dos ativos e nova desancoragem das expectativas inflacionárias e fiscais, devem levar o Copom a antecipar essa desaceleração do ritmo de cortes e a uma Selic terminal mais elevada, de 9,75%.

O economista André Perfeito, apesar da melhora na margem do indicador (IPCA-15), manteve inalterada a perspectiva de Selic terminal em 9,75%. “Os núcleos se mantêm pressionados e para além disso a perspectiva é que os juros nos EUA continuem sob tensão por mais algum tempo, o que limita as quedas por aqui”, comenta. “Se o cenário se mantiver estável, devemos ver uma apreciação do real na esteira da Balança Comercial positiva e um real mais forte pode retirar as pressões de parte da inflação além de animar o mercado de capitais no país. Se isto se confirmar teremos em parte as condições subjetivas para mais cortes na taxa básica.”

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