As instituições financeiras frequentemente não entendem os modelos que estão utilizando para prever o custo econômico das mudanças climáticas e subestimam os riscos do aumento da temperatura do planeta. Essa é a conclusão de um relatório feito pelo Institute and Faculty of Actuaries e pela University of Exeter. Segundo os autores do documento, muitos resultados provenientes desses modelos são “implausíveis”.
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A situação é preocupante, uma vez que reguladores e investidores cada vez mais vêm exigindo que as empresas relatem os riscos relacionados ao clima, utilizando modelos matemáticos para estimar a resiliência de seus ativos e negócios em diferentes níveis de aquecimento.
Na semana passada, o International Sustainability Standards Board (ISSB) lançou orientações sobre como as empresas devem informar aos investidores os riscos relacionados à sustentabilidade. Países como o Reino Unido e o Japão já afirmaram que planejam integrar esses padrões em suas regras para elaboração de relatórios.
O problema é que se os modelos matemáticos adotados estiverem incorretos, as informações publicadas não terão utilidade. Segundo o estudo, muitas instituições financeiras vêm desconsiderando fatores significativos em suas análises. Isso fica claro em uma avaliação feita pela Network for Greening the Financial System — grupo formado por 114 bancos centrais e supervisores financeiros — sobre as perdas globais do PIB do planeta num cenário de temperatura 3°C mais alta. Ela não incluía, por exemplo, os “impactos relacionados a condições climáticas extremas, como elevação do nível do mar ou impactos sociais mais amplos decorrentes de migração ou conflito”.
Como resultado desse tipo de equívoco, grandes instituições financeiras vêm relatando que irão sofrer impactos econômicos mínimos se a temperatura do planeta subir significativamente mais de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, alerta o relatório.
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