A recente mudança na blockchain Ethereum para um sistema novo e mais “verde”, apelidado de “A Fusão” (The Merge, em inglês), provocou um frenesi entre hedge funds, que correram para montar posições diante de um dos mais relevantes eventos na curta história das criptomoedas. 

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Vários fundos adquiriram opções do token ether — principal moeda negociada na Ethereum — com o objetivo de lucrar com a alta ou baixa do ativo ou, ainda, para se proteger contra a volatilidade dos preços. 

A Fusão foi um dos eventos da indústria de criptomoedas mais comentados dos últimos tempos e mudou a forma como novas transações são verificadas na blockchain Ethereum. Com a alteração, a expectativa é que haja redução no consumo de energia pela rede de até 99%, abrindo espaço para que o ether ganhe apelo entre investidores que valorizam os princípios da sustentabilidade. 

Ao Financial Times, James West, executivo-chefe da Globe Exchange, afirmou que muitas negociações foram feitas no mercado de opções de tokens nas últimas semanas. O número total de contratos de opções em aberto na bolsa Deribit, que responde por 97% das negociações desse tipo feitas com o ether nas bolsas, aumentou de 1,2 milhão no início do ano para mais de 4,6 milhões na quarta-feira, dia 14. Cerca de 80% dos contratos são de opções de compra — que apostam na alta do ether — e 20%, de opções de venda.  

No dia 15, data em que a atualização ocorreu, o ether chegou a cair 6%. Especialistas observam, entretanto, que o movimento de baixa reflete mais uma correção de preços do que alguma forma de decepção dos investidores em relação à migração do sistema. Muitos acreditam, inclusive, que A Fusão poderá ajudar o ether a suplantar o bitcoin como a mais importante criptomoeda do mundo. Atualmente, o valor total de bitcoins em circulação no mercado é de 390 bilhões de dólares, ante menos de 200 bilhões de dólares do ether, de acordo com o FT Wilshire Digital Assets Dashboard.  

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