Grandes fundos de pensão estão exigindo respostas da S&P Global sobre sua decisão de permitir que empresas com voto plural (dual class share, em inglês) voltem a fazer parte de seus índices populares. A medida permitiria que gigantes de private equity como Blackstone e Ares, por exemplo, se juntassem ao S&P 500.
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O Council of Institutional Investors, que há anos se manifesta contra companhias com direitos de voto desiguais, disse que “ficou surpreso e decepcionado” com a decisão da S&P de reabrir o S&P 500 e outros índices para emissores com esse tipo de estrutura de voto.
A mudança reverte uma política adotada pela S&P, há cinco anos, de barrar novas companhias com voto plural de seus índices. Em 2017, a Snap, proprietária do aplicativo Snapchat, indignou os fundos de pensão ao abrir o capital na bolsa sem dar direito de voto aos acionistas. A proibição da S&P não forçou a saída de seus índices de empresas que já tinham dual class shares antes da entrada em vigor de sua política, como Alphabet, Berkshire Hathaway e Meta.
Atualmente, de acordo com a ISS Corporate Solutions, 27 empresas com voto plural integram o S&P 500. E com a mudança, mais de 100 companhias agora são elegíveis para o S&P 500, o mid-cap 400 e o small-cap 600.
A S&P afirmou que ocasionalmente revisa suas metodologias e que a alteração foi resultado de uma consulta pública feita no ano passado com participantes do mercado. Na visão de muitos deles, a política da provedora de índices fazia com que os investidores perdessem oportunidades. Essa percepção, segundo a S&P, denota mudanças no sentimento do investidor desde 2017, evidenciando que a restrição já “não atendia mais ao objetivo da família de índices”. “Empresas com várias classes de ações fazem parte do universo total de investimentos e devem ser elegíveis para uma possível inclusão em nossos índices”, afirmou a S&P.
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