Nesta quinta-feira (25), as ações da Vale, uma das companhias de maior peso no Ibovespa, caíam mais de 2% após divulgação de resultados do primeiro trimestre, depois de registrar um lucro líquido de US$ 1,69 bilhão, queda anual de 9% em relação ao ganho de US$ 1,83 bilhão apurado nos três primeiros meses do ano anterior. Em reais, o lucro líquido foi de R$ 8,29 bilhões.
Por volta de 12h11, as ações da companhia apresentavam queda de 2,11%, negociadas a R$ 62,22.
A receita líquida consolidada de vendas da Vale no 1º tri foi de R$ 43,841 bilhões, diminuição de 4,44% na comparação com os R$ 41,891 bilhões no 1º trimestre de 2023. Já o EBITDA ajustado recuou 11,8%, de R$ 19,293 bilhões no 1º tri de 2023, para R$ 17,214 bilhões neste ano.
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Em relatório, o Itaú BBA apontou que o EBITDA da companhia não foi atingido devido ao fraco desempenho de custos. O resultado veio 11% abaixo do esperado, 9% abaixo da projeção e 3% abaixo do consenso. “Preços realizados mais baixos e custos mais altos mais do que compensaram a melhora dos volumes na comparação anual”, diz o BBA.
A queda nos preços de minério de ferro, níquel e cobre afetaram a companhia, mas, segundo a Vale, foi compensada parcialmente por maiores volumes de vendas de minério de ferro e cobre, que aumentaram 15%, com venda de 63,8 milhões de toneladas, e 22%, com 77 mil toneladas, respectivamente, na comparação anual.
Os custos de caixa C1 (excluindo compras de terceiros) aumentaram em US$ 2,7/ tonelada trimestre contra trimestre, mas permaneceu estável na comparação anual, atingindo US$ 23,5/tonelada.
Em comunicado sobre os resultados, Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale, afirmou que a companhia começou o ano de 2024 bem, impulsionada pelo compromisso com a excelência operacional. “No negócio de Soluções de Minério de Ferro, nossas vendas de minério de ferro aumentaram 15% ano a ano, apoiadas por uma produção forte – a maior produção de um 1º trimestre desde 2019. Nós também estamos tendo progresso nos nossos projetos de crescimento, que ajudarão a melhorar a qualidade e flexibilidade do nosso portfólio de produtos”, comentou Bartolomeu.
Aumento de concorrência
Além dos resultados abaixo do esperado, a Vale pode ter uma nova preocupação: a concorrência. O grupo BHP, terceiro maior produtor mundial de minério de ferro, fez uma oferta de US$ 38,8 bilhões pela Anglo American. A combinação de negócios criaria uma gigante de mineração de cobre com cerca de 10% da produção global e poderia desencadear uma maior consolidação, segundo a Reuters. Após a notícia, as ações da Anglo American subiam 14%.
A Anglo possui minas em países como Chile, África do Sul, Brasil e Austrália e está analisando a proposta da BHP, que tem até 22 de maio para fazer uma oferta firme.
A BHP, mais conhecida pela mineração de minério de ferro, cobre, carvão coqueificável, potássio e níquel, foi avaliada em cerca de US$ 149 bilhões, enquanto a Anglo tinha um valor de mercado de US$ 37,7 bilhões no fechamento de quarta-feira (24).
*com informações da Reuters
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