O setor de energia nuclear vem atraindo cada vez mais a atenção — e os recursos —dos investidores de venture capital e private equity. Uma análise da plataforma de informações Crunchbase mostra que as empresas que desenvolvem tecnologias nessa área receberam enormes rodadas de investimentos nos últimos tempos. No ano passado, elas arrecadaram conjuntamente mais de 3,4 bilhões de dólares.
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Recentemente, a maior rodada de investimentos foi protagonizada pela TerraPower, empreendimento de energia nuclear fundado por Bill Gates. Com sede em Bellevue, Washington, a empresa anunciou em 15 de agosto que levantou 750 milhões de dólares em uma captação liderada pelo empresário e pelo SK Group, da Coreia do Sul. A criação da TerraPower se alinha à visão de Gates de que o setor privado precisa investir no desenvolvimento de energia nuclear avançada para atender às crescentes necessidades de eletricidade da população.
O dinheiro arrecadado ajudará no desenvolvimento do primeiro reator da empresa, que está sendo construído em Wyoming. O projeto apresenta um reator refrigerado a sódio, com um sistema de armazenamento de energia à base de sal fundido capaz de fornecer 500 MW de energia — aproximadamente o consumo de energia de 80 mil residências americanas.
Cabe destacar que a TerraPower vem trabalhando em sua tecnologia há cerca de 14 anos. Outras empresas recentemente financiadas com mais de uma década incluem a General Fusion (fundada em 2002) e a NuScale Power (fundada em 2007), que desenvolve pequenos reatores modulares e recentemente abriu seu capital.
De acordo com os analistas da Crunchbase, o fluxo de capital para essas empresas deve continuar crescendo, uma vez que os investidores focados no clima tendem a direcionar um montante cada vez maior de recursos para fontes de energia limpa. Fatores geopolíticos também favorecem o setor. Desde a guerra na Ucrânia, grande parte dos países desenvolvidos passou a buscar substitutos sustentáveis para os combustíveis fósseis fornecidos pela Rússia. A Lei de Redução da Inflação, assinada pelo presidente Joe Biden neste mês, é igualmente benéfica ao segmento. Ela estabelece o apoio à tecnologia nuclear como parte de um objetivo mais amplo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
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