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Assets americanas diminuem apoio ao net zero
Esforços das gestoras de recursos para combater as mudanças climáticas parecem ter estagnado
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As assets possuem 2,8 vezes mais recursos alocados em empresas de produção de combustíveis fósseis do que em investimentos verdes

Mais de 300 empresas de investimento aderiram à iniciativa Net Zero Asset Managers desde o seu lançamento, em dezembro de 2020. Ao fazer isso, comprometeram-se a apoiar a meta de neutralização de emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. De lá para cá, no entanto, os gestores de fundos americanos parecem ter perdido o apetite em suportar a causa net zero. É o que mostra um relatório publicado pelo InfluenceMap, um think tank sem fins lucrativos focado em mudanças climáticas.


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No documento, o think tank exibe o resultado da avaliação que fez das 45 maiores assets do mundo. Juntas, elas administram um total de 72 trilhões de dólares em ativos. Cada gestora analisada recebeu uma pontuação em relação ao alinhamento de sua carteira de ações à meta de emissões líquidas zeradas. E a má notícia é que apenas duas delas — Natixis e Schroders — receberam pontuações positivas.

Quando examinadas de modo coletivo, o resultado é igualmente desanimador. As assets possuem 2,8 vezes mais recursos alocados em empresas de produção de combustíveis fósseis (880 bilhões de dólares) do que em investimentos verdes (309 bilhões de dólares).

Cenário desanimador

O estudo feito pelo think tank detectou ainda que o apoio médio dos gestores de recursos a propostas net zero e a resoluções relacionadas ao clima em geral apresentadas aos conselhos de administração cresceu de 35% em 2019 para 61% em 2021. No entanto, esse mesmo apoio retrocedeu para 50% em 2022. “Os esforços das assets parecem ter estagnado”, observa o relatório.

Outra descoberta é que a aprovação das assets a políticas relacionadas ao clima é, em grande parte, ausente. E, para piorar, 86% delas integram pelo menos uma associação do setor — como, por exemplo, a Investment Company Institute (ICI) e a Securities Industry and Financial Markets Association (SIFMA) —, que, no geral, se opõem a uma política de finanças sustentáveis ambiciosa.

As assets argumentam, entretanto, que o sistema de avaliação proposto pelo think thank é imperfeito. A análise das carteiras, segundo as gestoras, não inclui portfólios de renda fixa ou de investimentos alternativos. Elas também afirmam que estão apoiando menos propostas relacionadas ao clima porque as propostas tornaram-se muito prescritivas.

A reversão coincide, ainda, com a recente tendência anti-ESG nos EUA. Alguns legisladores estaduais têm buscado limitar o uso desses princípios pelos investidores e ido contra a eliminação progressiva dos investimentos em combustíveis fósseis.

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