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Auditoria interna ainda tem muito a evoluir no Brasil
Pesquisa da KPMG indica que menos de um terço das companhias estão em nível considerado avançado
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Em uma economia altamente globalizada e interconectada, a antecipação e o gerenciamento de riscos se tornam cada vez mais necessários e complexos | Imagem: Freepik

A auditoria interna ainda tem grande espaço para evoluir nas empresas brasileiras. Pesquisa realizada pela KPMG apontou que apenas 28% das empresas ouvidas apresentam nível de maturidade avançado no que diz respeito ao trabalho desenvolvido pela auditoria interna. Outros 14% dos entrevistados entendem que a organização em que atuam ainda está em um estágio considerado fraco com relação às iniciativas realizadas pela área.  


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Foram ouvidos mais de cem líderes brasileiros de 17 setores da economia — energia, agronegócio e consumo, entre outros. As empresas estão sediadas no território brasileiro, sendo 70,5% no Sudeste, 15,8% no Sul, 6,4% no Nordeste e 3,6% no Centro-Oeste e Norte. O levantamento foi realizado entre os meses de abril e maio deste ano e considerou atributos em uma escala de cinco níveis: fraco, sustentável, maduro, integrado e avançado. 


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O estudo elencou as principais atividades identificadas nos cinco níveis: no estágio considerado “fraco”, estão citadas ações como a identificação dos processos auditáveis de forma qualitativa tradicional e sem periodicidade definida para revisão; e profissionais que conduzem as auditorias de processos com lacunas significativas de habilidades ou capacidades. Em nível “sustentável”, estão a estrutura de auditoria interna existente, mas sem independência; o conselho de administração ou o comitê de auditoria envolvem-se pontualmente no processo e recebem reportes sobre a auditoria interna quando solicitado. Os processos considerados “maduros” apresentam uma estrutura de auditoria interna independente e a identificação dos processos auditáveis alinhada aos riscos do negócio, realizada de forma quantitativa em alto nível e com revisões ao longo do ano conforme necessário. 

Já no quarto estágio — “integrado —, o conselho de administração ou o comitê de auditoria aprova o plano de auditoria interna. Os resultados observados durante a execução do plano de auditoria são discutidos nas reuniões do conselho de administração ou comitê de auditoria e há uma forte compreensão dos requisitos de habilidade e competência dos profissionais. Por fim, “em avançado”, foram citados o monitoramento contínuo dos riscos estratégicos, operacionais, financeiros e de compliance. Eles geram insumos automáticos para a auditoria interna, que recebe indicadores de qualidade de dados, verifica as práticas de gestão de riscos e reconcilia aqueles que são monitorados. 

Salvaguarda para um mundo complexo 

Em uma economia altamente globalizada e interconectada, a antecipação e o gerenciamento dos riscos estratégicos e operacionais por meio da auditoria interna se tornam cada vez mais necessários e complexos. Qualquer ameaça à continuidade e à perenidade dos negócios deve ser mitigada por meio de técnicas e processos de gerenciamento de riscos.  Há ainda as obrigações regulatórias e dos administradores para a proteção das vidas e dos ativos das empresas, que precisam ser monitoradas de perto.  

À medida que as empresas se reinventam e o cenário global se modifica, as organizações que se preparam para as adversidades, conhecem os riscos envolvidos na estratégia e nas operações e os mantêm no radar assumem a liderança e alcançam os objetivos esperados. 

* Fernando Lage é sócio líder da prática de governança, riscos e compliance da KPMG Brasil e América do Sul. 

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