Segunda maior gestora global de fundos depois da BlackRock, com 7,1 trilhões de dólares sob gestão, a Vanguard anunciou na semana passada que está deixando a Net Zero Asset Managers (NZAM), principal aliança financeira dedicada a combater mudanças climáticas. A NZAM foi fundada no fim de 2020 e, em novembro deste ano, possuía 291 membros comprometidos a alcançar emissões líquidas com zero carbono associadas aos seus investimentos até 2050.
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No ano passado, a NZAM se juntou à Glasgow Financial Alliance for Net Zero (Gfanz). A Vanguard irá sair de ambos os grupos. Em nota, a gestora justificou ter feito o movimento com o objetivo de poder falar de forma independente sobre questões relacionadas ao clima para os investidores e fornecer a clareza que eles desejam. Na visão da Vanguard, “o compromisso total da NZAM com o combate às mudanças climáticas resultou em confusão sobre as opiniões individuais das firmas de investimento”.
Embora esse seja o discurso oficial da Vanguard, o mercado suspeita que a asset tenha tomado a decisão por causa da pressão que políticos do Partido Republicano nos Estados Unidos (EUA) vêm fazendo contra o ativismo dos fundos de investimento no uso de critérios ESG. Em represália à BlackRock, quatro estados norte-americanos (Louisiana, Carolina do Sul, Utah e Arkansas), todos governados pelo Partido Republicano, devem retirar 1 bilhão de dólares que estavam investidos em fundos da asset até o fim do ano.
Em comunicado, a NZAM considerou “lamentável” o fato de a pressão política afetar o combate às mudanças climáticas, que é um “imperativo econômico crucial”, e inibir as empresas de gerenciarem seus riscos com eficácia. Por enquanto, outras assets, incluindo a BlackRock, disseram que não pretendem deixar a aliança e que a participação na iniciativa não entra em conflito com os interesses de seus investidores.
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