Hong Kong avançou em seu plano de permitir que investidores de varejo negociem criptomoedas, dando um passo importante rumo ao objetivo de se tornar o principal hub cripto da Ásia. De acordo com proposta publicada recentemente pela Hong Kong Securities and Futures Commission, os dois maiores tokens do setor – bitcoin e ether – poderão ser negociados por investidores individuais em exchanges licenciadas, desde que essas empresas façam as checagens necessárias para garantir que os clientes tenham “conhecimento suficiente sobre ativos virtuais”.
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A proposta estabelece, ainda, que não mais do que 2% dos fundos dos clientes podem ser armazenados nas chamadas “hot wallets”, termo usado para descrever carteiras digitais que guardam as chaves privadas dos investidores em criptoativos. Por estarem conectadas à internet, essas carteiras são mais vulneráveis a golpes e ataques hackers do que as cold wallets, que guardam os criptoativos de maneira offline.
Ao conceder aos investidores individuais acesso a plataformas licenciadas, Hong Kong planeja aumentar seu apelo perante as empresas de cripto que buscam um local amigável e seguro para se estabelecer, principalmente diante do aperto regulatório nos EUA. Essa também é uma oportunidade de o país suplantar Cingapura. Nos últimos anos, a cidade-estado governada por Halimah Yacob atraiu boa parte dos players do setor na Ásia, mas isso vem mudando. Entre os escândalos que abalaram a reputação de Ciingapura como um centro seguro para negociação de criptoativos estão a implosão da stablecoin terraUSD, criada pelo fundador Do Kwon, e a falência do hedge fund de criptomoedas Three Arrows, um dos mais importantes da indústria.
Apesar do otimismo de Hong Kong, um dos maiores obstáculos à concretização de seus planos é a própria desaceleração da indústria de ativos virtuais, que nos últimos meses cortou milhares de empregos. Além disso, como as principais criptomoedas ainda não se recuperaram do colapso de 2022, é provável que as empresas do setor hesitem em comprometer investimentos até que os planos de Hong Kong estejam mais bem delineados. A Hong Kong Securities and Futures Commission aguarda comentários do mercado sobre sua proposta até 31 de março.
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