Investidores de sociedades com propósito específico de aquisição, conhecidas pela sigla Spacs, se preparam para receber até 75 bilhões de dólares nos próximos seis meses. O montante deve vir da liquidação de várias dessas empresas, que se tornaram uma moda nos EUA. Desde o início de 2020, essas companhias captaram mais de 250 bilhões de dólares abrindo o capital em bolsa, mas o entusiasmo em torno delas arrefeceu após a descoberta de casos de fraudes e de uma ondade medidas restritivas por parte do regulador.
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Segundo dados da Spac Research divulgados pelo Financial Times, além dos 75 milhões de dólares previstos para serem devolvidos até fevereiro, outros 36 bilhões de dólares devem chegar aos bolsos dos investidores em março. As devoluções serão necessárias porque a maioria das Spacs — conhecidas também como empresas de cheque em branco — tem um prazo limite de dois anos para fechar uma aquisição antes de ser obrigada a retornar os recursos levantados aos investidores, caso eles não aceitem uma prorrogação. E boa parte das Spacs estreou em bolsa em 2020.
Embora a notícia seja negativa para os emissores de Spacs, as devoluções proporcionarão uma bem-vinda injeção de recursos a muitos investidores que tiveram prejuízos investindo nessas empresas. “Além disso, esse dinheiro deve favorecer o mercado de ações de modo geral, uma vez que não há Spacs para as quais ele voltar”, observa um alto executivo de banco que ajudou várias sociedades do gênero a captarem recursos e encontrarem negócios.
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Os hedge funds estão entre os maiores investidores em IPOs (ofertas públicas iniciais de ações) de Spacs. Alguns aportaram recursos por meio de veículos multiestratégia, enquanto outros abriram fundos de investimento exclusivos para esse fim. Como boa parte dos cotistas desses veículos são fundações e endowments de universidades, esses players devem receber um bom dinheiro de volta. “Eles ficarão entusiasmados com a devolução e por não terem aplicado os recursos em tecnologia”, disse um advogado de mercados de capitais ao Financial Times. “A ‘poupança forçada’ das Spacs pode ter sido o investimento mais bem-sucedido que muitos deles já fizeram”, acrescenta.
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