Embora existam há mais de duas décadas no exterior, as special purpose acquisition companies, mais conhecidas pela sigla Spacs, ganharam popularidade apenas nos últimos dois anos. Em 2021, nos EUA, essas sociedades captaram cerca de 138 bilhões de dólares. Mas como acontece com quase toda estrutura pouco convencional no mercado de capitais, há um momento em que os pontos frágeis começam a aparecer. E é isso que vem acontecendo com as Spacs. Além de muitas delas apresentarem retornos ruins, não são raras as notícias que abordam o envolvimento dessas companhias em casos de fraude. Outro problema diz respeito à falta de negócios para adquirirem após o IPO.
No Brasil, as Spacs ainda não deslancharam. Apenas no fim do ano passado, a CVM autorizou o registro da primeira sociedade desse tipo no País.
Mas, considerando o que vem acontecendo nos EUA com essas empresas, seria prudente fomentar essa estrutura no mercado nacional? O que falta para que mais emissores brasileiros busquem essa opção para captação de recursos? Como os investidores enxergam os riscos atrelados a essas sociedades?
Para responder essas e outras questões, convidamos para mais um encontro na Conexão Capital: Flávia Mouta, diretora de emissores da B3, Demian Fiocca, economista e sócio-diretor da Mare Investimentos, e Alexandre Pierantoni, head de finanças corporativas na área de M&A da Kroll no Brasil. Para mediar, contamos com a presença de Carlos Lobo, sócio do escritório Hughes Hubbard and Reed Advogados.
O evento aconteceu no dia 06 de abril de 2022.