A parcela de ações em posse dos fundos de índice (ETFs) superou, pela primeira vez, a fatia detida pelos fundos de investimento de gestão ativa no mercado americano, segundo dados do Investment Company Institute (ICI). No fim de 2021, os ETFs possuíam 16% da capitalização do mercado acionário dos EUA, superando os 14% dos fundos ativos. Esses números representam uma forte mudança em relação ao cenário de dez anos atrás, quando os fundos ativos detinham 20% das ações de Wall Street e os fundos passivos, apenas 8%.
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Isso significa que, hoje, os fundos passivos têm mais poder de voto sobre as empresas listadas nos EUA que os veículos administrados ativamente por gestores de recursos. E não há sinais de que esse quadro possa se reverter. Muito pelo contrário. Em 2021, 457 ETFs estrearam no mercado americano, ultrapassando o recorde de 197 fundos do gênero lançados em 2015. O número de fundos mútuos, em contrapartida, tem diminuído a cada ano desde 2016.
Ciente do enorme poder que os ETFs vem ganhando, a BlackRock anunciou, no ano passado, uma iniciativa inusitada. A asset decidiu permitir que seus maiores clientes institucionais de ETFs — como fundos de pensão e endowments — possam votar em nome próprio nas assembleias. “Acreditamos que os clientes da BlackRock devem, quando possível, poder escolher como votar em seus investimentos passivos”, disse a gestora em nota. “Queremos oferecer ao cliente o direito de escolha em tudo o que fazemos; o dinheiro que gerenciamos não é nosso”, destacou a asset.
Emblemática, a iniciativa pode inspirar outras gestoras de ETFs a seguirem o mesmo caminho. A implementação da medida, no entanto, não é trivial. Segundo a BlackRock, sua adoção requer não só adaptações tecnológicas, mas também cooperação e ajustes de várias partes do ecossistema de votação.
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