Os gestores de fundos abertos que investem em ativos pouco líquidos, como imóveis, deveriam cobrar dos clientes uma taxa pelo resgate do dinheiro. A recomendação foi dada pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) e pela Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (Iosco), numa tentativa de desencorajar corridas por saques. Na visão dos reguladores, a medida contribuiria para que investidores que pedem a retirada de seu dinheiro de um fundo aberto não prejudiquem os que optam por ficar.
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A sugestão surge após as autoridades globais terem analisado as consequências do pânico provocado pela pandemia de coronavírus em 2020. A crise sanitária forçou os investidores a venderem ativos rapidamente em busca de liquidez, gerando instabilidade no mercado.
Nos últimos anos, os fundos imobiliários — cujos ativos podem levar tempo para serem vendidos — têm sofrido com pedidos de resgates, diante do aumento das taxas de juros globais e da desvalorização dos imóveis comerciais. O cenário tem preocupado os reguladores, que temem o que pode acontecer se muitos fundos forem obrigados a vender seus ativos a preços muito baixos. O Banco Central Europeu já alertou para “a diminuição da liquidez de mercado e correções de preços” este ano e afirmou que os fundos imobiliários abertos estão vulneráveis, dada a “incompatibilidade estrutural de liquidez entre seus ativos e passivos”.
Atenta a esse cenário, a FSB e a IOSCO estão recomendando uma série de medidas para os gestores de fundos abertos gerenciarem a liquidez de seus produtos. Uma delas é a adoção do swing pricing, mecanismo que permite aos fundos ajustarem seu preço ao final do dia para baixo ao enfrentar resgates, reduzindo assim o incentivo para a antecipação de saques. Outra recomendação é a cobrança de uma taxa fixa de resgate, que tenha como objetivo “cobrir o custo de liquidez”.
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