Cerca de 85 bancos centrais estão envolvidos em projetos para criar moedas digitais (CBDCs), segundo dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS). Entre eles está o Banco da Inglaterra, que, no mês passado, afirmou ser “provável” o Reino Unido lançar uma iniciativa nesse sentido.
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Pagamentos mais baratos e rápidos, aumento da inclusão financeira e diminuição dos riscos criados por criptomoedas e bigtechs explicam o interesse dos BCs nas moedas digitais. O entusiasmo dos governos, no entanto, não encontra eco entre os cidadãos que eles representam. Segundo reportagem do Financial Times, boa parte da população não enxerga os benefícios que as moedas digitais podem oferecer. “Os bancos centrais estão focados nos preparativos técnicos, mas eles vêm percebendo que precisam de apoio público e político mais amplo antes de seguir em frente”, disse Eswar Prasad, professor de política comercial internacional da Cornell University, ao jornal.
Nos países onde as CBDCs foram lançadas, a novidade não gerou o sucesso que se esperava. Na Nigéria — uma das quatro jurisdições a lançar uma moeda digital para o público, ao lado de Bahamas, Caribe Oriental e Jamaica — menos de 0,5% dos cidadãos havia usado o eNaira após decorrido mais de um ano da sua estreia, em outubro de 2021. Segundo Mosope Arubayi, economista nigeriano, a falta de confiança na moeda reduziu a aceitação entre a população. “As pessoas estão céticas e temem que seu dinheiro desapareça sem que ninguém possa ser responsabilizado”, afirmou Arubayi.
A ideia também não decolou na China, que, em 2020, lançou um programa piloto em cidades selecionadas para desafiar o domínio dos aplicativos de pagamentos digitais, como o Alipay e o WeChat. Por lá, as transações realizadas por meio de sistemas desse tipo totalizaram 12,5 trilhões de dólares no terceiro trimestre de 2022. Já aquelas usando o renminbi digital movimentaram 14,5 bilhões de dólares.
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