O fluxo de dinheiro direcionado para fundos de investimento alternativo — que englobam private equity, hedge funds, imóveis e crédito — desacelerou de forma significativa neste ano. A conclusão é de um levantamento feito pela provedora de dados Preqin. Ao todo, esses veículos arrecadaram 740 bilhões de dólares desde janeiro de 2023, uma queda de 27% em relação ao montante captado no mesmo período do ano passado.
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Os números mostram que o interesse dos investidores por esses fundos vem minguando, ao contrário do que se esperava no ano passado. A Preqin estimava que essa indústria poderia dobrar de tamanho entre 2021 e 2026, elevando seus ativos sob gestão para 26 trilhões de dólares. Em 2022, os fundos alternativos arrecadaram 1,5 trilhão de dólares.
Confiantes de que o horizonte era promissor, gestoras de fundos mútuos se lançaram em uma corrida para adquirir assets que conduzem fundos de investimento alternativo. Porém, questões geopolíticas, a alta dos juros e a performance ruim das bolsas de valores no ano passado fizeram com que diversos investidores reavaliassem as alocações em fundos alternativos.
Restrição de capital
O pessimismo também se deve ao fato de que os fundos de investimento alternativo não têm conseguido distribuir tanto dinheiro aos investidores como de costume. A estagnação do mercado de IPO, aliada a valuations desfavoráveis, fez com que os gestores relutassem em vender ativos. Como consequência, o capital que seus investidores teriam para novos fundos tornou-se mais restrito.
Desde o início do ano, o número de fundos alternativos criados caiu 53% em comparação com o mesmo período de 2022. O tamanho médio desses veículos, no entanto, passou de cerca de 400 milhões de dólares em 2022 para os atuais 600 milhões de dólares, de acordo com a Preqin. Na visão do mercado, essa mudança indica um movimento em direção a gestores maiores e mais estabelecidos.
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