Desde o ano passado, Apple, Amazon, Meta (dona de Facebook, Instagram e Whatsapp) e Alphabet (proprietária do Google) investiram cerca de 95 milhões de dólares em lobby para inviabilizar o American Innovation and Choice Online Act, projeto de lei americano que busca reduzir a dominância das bigtechs na internet. Segundo informações divulgadas pela Bloomberg, o prazo para votação está se esgotando e há risco de o projeto não ser aprovado. 

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Após uma batalha de quase dois anos, o projeto de lei será votado no Senado, que retorna para um esforço final antes das eleições legislativas previstas para novembro. Os defensores do projeto juram que têm os votos necessários, mas não está claro se esse cenário se confirmará. 

O fracasso seria um banho de água fria para ativistas e reguladores que argumentam que as bigtechs têm muito controle sobre a vida das pessoas. Por outro lado, essas empresas são taxativas em afirmar que as regras previstas no American Innovation and Choice Online Act enfraqueceriam a privacidade, ameaçariam a segurança nacional e prejudicariam os produtos que os consumidores já desfrutam. 

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O aumento da concentração de mercado nos EUA, no entanto, não é uma exclusividade do segmento das grandes empresas de tecnologia. De acordo com estudo feito por Denise Hearn, participante da American Economic Liberties Project, e Michelle Meagher, advogada da área concorrencial, desde 1990 mais de 75% das indústrias americanas se concentraram. E a tendência é que essa situação se intensifique nos próximos anos diante da efervescência da indústria de M&As. Em 2021, as fusões e aquisições globais movimentaram 5,8 trilhões de dólares, e os negócios de private equity ultrapassaram 1 trilhão de dólares. 

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