A carta anual do CEO da BlackRock — cargo atualmente ocupado por Larry Fink — aos seus acionistas é uma espécie de indicador de tendências. O tamanho da gestora — são cerca de 5,7 trilhões de dólares sob gestão — faz com que tenha capacidade para influenciar a comunidade de investimentos como poucas. Neste ano, Fink destacou a importância dos fatores ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) para a sustentabilidade das empresas.
De acordo com o executivo, é essencial que as companhias façam uma gestão adequada desses fatores e que os conselhos de administração se certifiquem de que o trabalho está sendo cumprido. Fink frisou ainda que os boards devem prezar pela diversidade, convidando para integrá-los pessoas de diferentes gêneros, etnias, experiências e com modos de pensar diversos.
Já há algum tempo a BlackRock defende a necessidade de os investidores pressionarem as companhias para se engajarem nessas questões, principalmente porque boa parte deles aplica seus recursos em fundos de índice (ETFs) — que, por sua natureza, são bastante engessados. Fink também defendeu que os acionistas repensem o jeito como se relacionam com as empresas, esquecendo a ideia de apenas participar das assembleias anuais e se dedicando a conversar com as companhias ao longo de todo o ano.
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