A indústria de fundos de investimentos conseguiu captar neste ano, até abril, a cifra de R$ 150,8 bilhões em termos líquidos, mantendo a trajetória de recuperação após anos trabalhando no vermelho. Em igual período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os fundos perderam R$ 118 bilhões – entradas menos resgates. Apenas em abril deste ano, os fundos receberam R$ 40,1 bilhões líquidos, registrando o segundo melhor mês do ano, perdendo apenas para janeiro, que fechou com R$ 52,1 bilhões.
O desempenho foi potencializado, porém, por um único fundo, um FIDC que captou em abril a cifra de R$ 30,1 bilhões, praticamente tudo que entrou na categoria, que ficou em R$ 33,8 bilhões. No relatório, a Anbima não informou o nome do FIDC.
Uma fonte do mercado informou, sob a condição de anonimado, que o volume ingressou via um FIDC NP (Não Padronizado) do Sistema Petrobras. Gerido pela BB Asset, a carteira do fundo é composta por recursos na aquisição de Direitos Creditórios performados e/ou não-performados originários de operações realizadas por empresas do Sistema Petrobras nos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços.
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Sobre o desempenho do setor, Pedro Rudge, vice-presidente da Anbima, comentou que “os dados de abril mostram que, diante da atual conjuntura econômica e da menor oferta de títulos isentos, os investidores continuam buscando os fundos como uma alternativa para diversificar sua carteira de investimento e se expor a diferentes estratégias”.
A segunda classe de fundos com mais ingressos líquidos foi a renda fixa, com R$ 17 bilhões em abril, ante saídas de R$ 34,9 bilhões no mesmo período de 2023. Os fundos de previdência também fecharam o mês com entrada líquida positiva de R$ 3,4 bilhões, registrando sua segunda maior captação do ano.
Quem segue no vermelho são os fundos multimercados, com saídas de R$ 12,3 bilhões em abril, valor semelhante ao resgatado no mesmo mês de 2023. Em 2024, esses produtos acumulam captação negativa de R$ 41,3 bilhões. Os fundos de ações também perderam recursos, com saídas líquidas de R$ 1,6 bilhão no mês, ante saques de R$ 4,5 bilhões no mesmo período do ano passado.
O Boletim da Anbima informou ainda sobre a rentabilidade das diferentes categorias de fundos. Na renda fixa, as carteiras que investem em títulos de dívida externa alcançaram a maior rentabilidade tanto no mês como no ano: de 2,8% e 6,5%, respectivamente. Nos multimercados, os fundos do tipo long&short neutro, que mantêm até 5% de seu portfólio em posições compradas e vendidas, se destacaram com 1,82% de retorno em abril. Na classe de ações, os fundos do tipo ações livre, que não têm compromisso de concentração em uma estratégia específica, registraram retorno negativo de 4,61% em abril, superando a queda do Ibovespa no mês, de 1,7%.
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