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Conselheiros independentes viram CEOs nos Estados Unidos

Uma reportagem do The Wall Street Journal (WSJ) no início de fevereiro chamou a atenção para uma prática de governança cada vez mais comum nos Estados Unidos: a nomeação de conselheiros independentes como CEOs das empresas. Mais de uma dezena de grandes organizações norte-americanas transformaram ex-conselheiros em executivos desde 2004, incluindo Boeing, Delta Air Lines e Bristol-Myers, entre outras.

Segundo o WSJ, três fatores principais têm acelerado tais nomeações: 1) os conselhos têm demitido CEOs com fraco desempenho mais rapidamente, muitas vezes antes de potenciais sucessores internos estarem prontos para a função; 2) algumas companhias com problemas graves apresentam dificuldade para recrutar executivos externos de ponta; e 3) existe um número crescente de executivos externos nos conselhos de administração.

Um caso interessante citado na reportagem é o de Mark D. Ketchum, eleito inicialmente para o conselho da empresa Newell Rubbermaid em dezembro de 2004, um mês depois de se aposentar, aos 55 anos, após longa carreira na Procter & Gamble. Em outubro de 2005, Ketchum assumiu interinamente a função de executivo principal após a demissão do antigo CEO. No fim do ano, Ketchum falou aos demais conselheiros que gostaria de ser efetivado no cargo. O conselho aprovou sua indicação em fevereiro de 2006, transformando seus antigos colegas em novos chefes.

O exemplo de Ketchum na Rubbermaid evidencia os benefícios e os riscos de colocar um conselheiro independente como CEO. Segundo declarações do presidente do conselho da empresa, William Marohn, a experiência como conselheiro contribui para o acerto na escolha do profissional. “Tivemos a oportunidade de ver Ketchum de uma forma que não veríamos entrevistando-o como candidato ao cargo.” Alguns investidores, porém, criticam essa prática. Richard Breeden, ex-presidente da SEC e investidor ativista, atribui a decisão a um ambiente anacrônico e a um fraco planejamento sucessório do CEO. Além disso, o conforto dos conselheiros no relacionamento com um colega pode dificultar uma avaliação correta do exercício do cargo de executivo.


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