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Siderúrgicas caem na Bolsa após medidas sobre importação de aço
Mercado analisa o impacto da decisão da Camex sobre as cotas dos produtos e cobrança de 25% de imposto em caso de ultrapassagem do limite
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O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em queda nesta terça-feira (23), com a Usiminas caindo 13,91%, ficando entre as maiores baixas do pregão. Na fileira das siderúrgicas, Gerdau, CSN e CSN Mineração também contribuíram para o movimento, com quedas de 4%, 2,44% e 2,88%, respectivamente.

A Usiminas divulgou seu balanço do 1º trimestre hoje, o que acabou influenciando na ação, visto que os resultados decepcionaram, com a companhia apresentando diminuição de 93% do lucro líquido em relação ao reportado no mesmo período do ano passado, para R$ 544 milhões. Além disso, a empresa sinalizou uma expectativa de desempenho estável na divisão de aço no 2º trimestre, frustrando as expectativas mais otimistas sobre uma recuperação.


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Mas as atenções das companhias do setor se voltaram à medida sobre a importação de aço divulgada pelo governo mais cedo.  

Válida por 12 meses, a medida da Câmara de Comércio Exterior (Camex) estabelece que 11 produtos de aço importados passarão a ser submetidos a cotas de importações que, em caso de ultrapassagem do limite, estarão sujeitos à cobrança de 25% de imposto. 

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), ela deverá entrar em vigor em 30 dias, para que os países parceiros do Mercosul tenham tempo de analisar a resolução da Camex antes da publicação no Diário Oficial da União (DOU).

A decisão vem em meio a uma alta das importações de aço da China e foi solicitada por instituições brasileiras, como o Instituto Aço Brasil, e vai incidir sobre NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul) cujo volume de compras externas superou em 30%, em 2023, a média das compras ocorridas entre 2020 e 2022. 

De acordo com o Midc, a medida não trará impacto nos preços ao consumidor ou a produtos derivados da cadeia produtiva. No entanto, as siderúrgicas reagiram mal na bolsa, visto que apenas nos primeiros dois meses do ano as importações de aço cresceram 15,7%, para 813 mil toneladas, segundo o Instituto Aço Brasil.


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