O PIB da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
O número superou as expectativas. Economistas ouvidos em levantamento realizado pela agência Reuters esperavam uma alta de 4,5%.
Apesar do resultado positivo, o país continua enfrentando dificuldades, sobretudo no setor imobiliário.
Nesta quarta-feira, pela segunda vez em pouco mais de uma semana, a Country Garden, uma das maiores empresas do setor, deixou de pagar US$ 15,4 milhões em juros de títulos em dólar, segundo o Wall Street Journal.
Crise imobiliária
As dificuldades da Country Garden se somam à crise de outra gigante do setor imobiliário chinês, a Evergrande, que já se arrasta a quase dois anos.
No relatório Panorama da Economia Global, divulgado na semana passada o FMI alertou para o problema.
Segundo o fundo, a crise de liquidez que a Country Garden enfrenta é “um sinal de que a angústia imobiliária está se espalhando para construtoras mais fortes, apesar das medidas de alívio político.”
No relatório sobre o desempenho econômico, o bureau chinês de estatísticas também alertou para dificuldades no cenário internacional e admitiu que a recuperação chinesa ainda é frágil.
“O ambiente externo está se tornando mais complexo e sério, enquanto a demanda doméstica permanece insuficiente e a base para a recuperação e crescimento econômico precisa ser ainda mais consolidada.”
Também é preciso levar em conta que o crescimento na comparação anual se dá com o período pré-abertura pós-pandemia, quando parte importante do país estava em lockdown.
PIB da China
O porta-voz do bureau de estatísticas, Sheng Laiyun, disse que, com o resultado divulgado nesta quarta-feira , o país está no caminho para atingir a meta de crescimento do ano, 5% – ainda assim, uma das mais baixas das últimas décadas.
A recuperação no último trimestre ocorreu à medida que o governo ampliou o apoio e os gastos dos consumidores aumentaram.
No entanto, as bolsas asiáticas e o preço do minério de ferro no mercado de Dalian caíram, indicando uma percepção de que a melhora da economia ainda é frágil.
Tudo indica que os investidores continuarão a levar em conta não só dados macroeconômicos, mas também os resultados das empresas e os estímulos do governo para impulsionar a confiança.
O reflexo disso pôde ser visto no Brasil, onde as ações da Vale operaram em queda de cerca de 3% em boa parte desta quarta-feira. Em parte por conta da divulgação de dados que apontam para queda da produção, mas também como reação à percepção das dificuldades da China, seu principal mercado.
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