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Níveis recordes de recompra de ações preocupam investidores
No ano passado, as 1.200 maiores companhias abertas do mundo adquiriram 1,3 trilhão de dólares de seus próprios papéis, três vezes mais do que há uma década
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As recompras de ações são uma maneira de as empresas devolverem o excesso de caixa aos acionistas e podem ajudar a impulsionar o preço das ações | Imagem: Freepik

Cada vez mais investidores estão preocupados com os níveis recordes de recompra de ações que acontecem no mundo. Coletivamente, no ano passado, as 1.200 maiores companhias abertas globais adquiriram 1,3 trilhão de dólares de seus próprios papéis, três vezes mais do que há uma década e quase tanto quanto pagaram aos acionistas em dividendos, de acordo com uma pesquisa da gestora de ativos Janus Henderson.  


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A tendência continuou este ano, com novas recompras de ações anunciadas por empresas como HSBC, Apple, Airbnb e Compass. Em 2022, segundo a Janus Henderson, o setor de petróleo foi o que mais protagonizou esse movimento. 

As recompras são uma maneira de as empresas devolverem o excesso de caixa aos acionistas e podem ajudar a impulsionar o preço das ações. Mas a magnitude dessa prática está cada vez mais atraindo a atenção de investidores e reguladores. Prova disso é que, em janeiro deste ano, o presidente dos EUA, Joe Biden, introduziu um imposto de 1% sobre recompras de ações em Wall Street — e há a possibilidade de que ele quadruplique essa taxa. Já a Securities and Exchange Commission (SEC) aprovou recentemente uma regra que exigirá que empresas de capital aberto divulguem mais informações sobre suas recompras de ações, como a quantidade adquirida em papéis e o preço médio pago. 

“Preferiríamos que as recompras fossem menos comuns”, disse Euan Munro, CEO da Newton Investment Management ao Financial Times. “Usadas de forma inadequada, elas podem servir para a administração manipular os resultados de lucro por ação para atingir metas de incentivo de médio prazo”, ponderou, acrescentando que o dinheiro destinado a recompras muitas vezes poderia ser mais bem utilizado para investimentos que contribuíssem para a saúde de longo prazo da empresa. 

As recompras, no entanto, nem sempre se traduzem em valorização das ações. Um fundo da Invesco que acompanha a cotação de papéis de companhias que fazem grandes recompras registrou desempenho inferior ao do mercado acionário dos EUA na última década. 

Embora sejam tradicionalmente mais comuns no mercado americano do que no Reino Unido ou na Europa, as recompras de ações estão em alta em todo o mundo. Entre 2012 e 2022, as recompras realizadas pelas maiores empresas listadas no Reino Unido mais que triplicaram, passando de 22 bilhões para 70 bilhões de dólares.  

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