Sob o impulso de demandas cada vez mais intensas dos investidores e de crescentes exigências regulatórias, uma fatia maior das empresas britânicas de capital aberto tem apresentado reportes específicos sobre diversidade e inclusão. De acordo com pesquisa da consultoria Radley Yelder, informam o mercado a respeito dessa questão com um documento separado 13% das companhias que compõem o índice FTSE 100 da Bolsa de Londres, ante 7% no último mês de maio.
Esse incremento está relacionado às pressões que as empresas vêm sendo submetidas quanto à maneira como fazem a gestão de pessoas e apoiam seus colaboradores em meio à crise da pandemia. Também mostra a maior preocupação do mercado em relação a políticas de equidade racial — movimento desencadeado principalmente pela morte de George Floyd, em maio de 2021, e o consequente movimento #blacklivesmatter.
No Reino Unido, estudos regulatórios a respeito de diversidade de gênero e de raça, ao lado do estabelecimento de exigência para reporte de diferenças de remuneração entre os gêneros, são outra explicação para o aumento da quantidade de relatórios específicos.
Conforme a pesquisa, entre as empresas que optaram por esse formato de prestação de informações sobre diversidade estão a BP (gigante do setor de petróleo), a gestora de recursos Abrdn (antiga Standard Life Aberdeen) e a consultoria de recrutamento Hays.
Em um segundo levantamento, mais amplo, a Radley Yelder verificou que 59% das empresas ouvidas — considerando uma amostra de 253 líderes de recursos humanos — afirmam estar reportando suas abordagens em relação ao tema de diversidade e inclusão. Essas manifestações aparecem sob a forma do relatório anual (57%), reporte específico (43%), atualizações de informações para colaboradores (43%) e relatórios de sustentabilidade (31%). Muitas companhias se utilizam de vários canais simultaneamente para divulgar esses dados.
Uma análise dos resultados da pesquisa sugere, no entanto, que pode haver uma certa apreensão das empresas na hora de informar sua abordagem sobre os temas de diversidade e inclusão. Das companhias que tornam públicas essas informações, apenas 53% dizem compartilhar suas estratégias nessa área. A hesitação estaria relacionada à possibilidade de reportes malfeitos ou de informações inadequadas causarem repercussões públicas indesejadas.
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