A Institutional Shareholder Services (ISS), empresa de assessoria em governança corporativa, divulgou recentemente seu estudo anual de práticas do conselho de administração nos EUA. Com base em informações sobre as 1.269 empresas do S&P 1.500, constatou que a proporção de conselheiros pertencentes a minorias étnicas ficou estável em 2005 em relação ao ano anterior, embora tenha havido uma tendência gradual de diversificação étnica dos conselhos nos últimos anos.

Entre as 6.979 posições analisadas, 706 (10,1%) eram ocupadas por minorias étnicas. Esse percentual, embora praticamente o mesmo de 2004, se mostrou significativamente superior aos 7% observados na pesquisa de 1999. Entre as principais minorias, destacam-se os afro-americanos (6,4%) e os hispânicos (2,1%).

O estudo constatou ainda que as empresas maiores possuem mais probabilidade de ter conselheiros pertencentes a minorias étnicas do que as menores. Observou-se que 83% das companhias com faturamento superior a US$ 10 bilhões tinham ao menos um conselheiro pertencentes a esses grupos. Este percentual diminuiu para 50% nas empresas com faturamento entre US$ 3 bilhões e US$ 10 bilhões, e para apenas 12% naquelas com receita inferior a US$ 500 milhões.

O relatório da ISS mostra ainda que a diversidade dos conselhos também varia entre setores. O de energia apresentou a menor participação de conselheiros de minorias étnicas, enquanto o de telecomunicações apareceu com a maior proporção.

Por fim, o estudo constatou que estes conselheiros possuem uma probabilidade bem maior de serem considerados independentes nas companhias em que atuam. Nesse sentido, 86% dos conselheiros de minorias étnicas foram classificados como independentes, contra apenas cerca de 70% dos conselheiros brancos norte-americanos.