Os próximos meses serão profícuos para os debates societários entre acionistas controladores e minoritários. A BM&FBovespa pôs na estrada uma audiência pública sobre a reforma do Novo Mercado, depois de uma oportuna medição da temperatura dos interesses por meio de uma consulta on-line. Um dos pontos do novo regulamento proposto, conforme destaca esta SELETAS, é a entrega aos minoritários do poder de decisão a respeito da saída de uma companhia do Novo Mercado. Carregada de ambição, a ideia, se vitoriosa, seria um caminho para se potencializar os processos de convencimento nas companhias e a busca de consensos. Independentemente da conclusão, todavia, a discussão vai colocar na mesa verdades interessantes.
Ainda no campo dos conflitos de interesses, a CVM prepara regras para os consultores de investimentos. Menos assistidos pelo mercado em geral, eles parecem ter se acomodado em uma imprudente vala regulatória — que pode se revelar desastrosa com o tempo. Por enquanto em gestação, as propostas foram apresentadas pela CVM, a convite da CAPITAL ABERTO, em workshop realizado em São Paulo. Está aí a oportunidade para um debate em torno da necessidade do estabelecimento de limites à atuação desses profissionais, em contraposição aos efeitos perversos dos muros altos demais.
Também nesta edição, a pouco versada comunicação das companhias sobre os aspectos sociais, ambientais e de governança dos próprios negócios. Espinhosas, essas questões parecem apenas firulas das áreas de comunicação quando as coisas vão bem e se transformam em um incômodo real quando tragédias como a da Samarco acontecem. O caso Volkswagen indicou que esses aspectos vêm sendo escrutinados pelos investidores internacionais — os que perceberam as fissuras de governança da montadora saíram antes de as mentiras sobre as emissões de poluentes dos veículos virem à tona. Muito além do marketing, a análise dos fatores ESG por companhias e investidores prova-se uma estratégia eficaz de prevenção contra o pior.
Esta SELETAS traz ainda o ato 2 da coluna de Carlos Rebello sobre a busca eterna de liquidez para as debêntures. Desta vez, ele descortina um aspecto crucial: a bitributação. No espaço para artigo, o professor Eric Barreto esclarece a controversa prática da contabilidade de hedge e analisa os benefícios do novo texto da IFRS 9 para aprimoramento do seu uso. Vale conferir.
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