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Pandemia expõe ataraxia de líderes 
Inércia diante da crise prejudica desenho de estratégias e a própria organização 
  • Alexandre Fialho
  • maio 3, 2021
  • Governança Corporativa, Companhias abertas, Colunistas
Alexandre Fialho

Alexandre Fialho é sócio-fundador da Filosofia Organizacional, conselheiro de diversas empresas, mentor de grandes líderes e professor | Ilustração: Julia Padula

Tenho me deparado ultimamente com líderes que estão empenhados em construir novos caminhos estratégicos, redesenhando o modelo de negócios e repensando canais, produtos e soluções. Esses líderes estão olhando positivamente para o mundo e os acontecimentos, mesmo ainda inseridos num contexto de muitos desafios e tristezas derivados da pandemia de covid-19. 

O que tem me causado preocupação, porém, é um conjunto de líderes — não tão pequeno — que no início da pandemia se assemelhavam aos do grupo proativo mas que com o passar do tempo ficaram estagnados. Seus movimentos parecem apáticos quando comparados aos dos líderes que buscam prosperar mesmo diante de enormes obstáculos. 

Agenda de prioridades 

Esse descolamento fica evidente quando se observam as prioridades nas agendas desses grupos, considerando que as questões do início da pandemia continuam intactas e bastante relevantes para todos. Os desafios permanecem múltiplos para as empresas, envolvendo passagem brusca do mundo físico para o virtual, reavaliação da estrutura física das operações, dilemas em torno de decisões cotidianas e apoio aos colaboradores e seus familiares (de forma a amenizar os impactos da situação em sua saúde física e mental). Passado um ano de pandemia, esses pontos, no entanto, já deveriam estar mais estabilizados e, por consequência, alocados na agenda operacional dos líderes.  

Indo um pouco além, me parece um equívoco dos líderes colocar esses tópicos como únicos elementos de destaque estratégico desde o início da pandemia. Essa postura denota tremenda incapacidade para construir o novo ou emergir na dificuldade, levando esses líderes a afundar ainda mais a cabeça nos problemas, como se o mundo e os negócios se reduzissem a essas circunstâncias. 

Ataraxia e procrastinação 

Mesmo agraciados com uma segunda chance para inserir na organização a transformação estratégica que o momento requer, esses líderes confirmam terem sido tomados pela ataraxia. “Diante de tantos problemas operacionais não consigo priorizar o estratégico” é a resposta comum de líderes desse grupo apequenado. Muitos dizem estar conscientes da necessidade de mudança de sintonia, mas alegam que isso só será possível depois que a crise da pandemia passar por completo. 

Vejo que alguns de fato têm dificuldade para reagir; por isso acabam ancorados na agenda inicial da crise. No entanto, tenho a impressão de que há os que se valem do momento para criar sua própria “caverna de Platão”: preferem viver num mundinho de mediocridade estratégica evocando dilemas operacionais como argumento. Pensando assim, no mínimo eles deveriam renunciar ao cargo de CEO, declarando-se gestores de crise. Dessa forma não limitariam as possibilidades da organização por conta de sua própria incapacidade. 

No atual estágio da pandemia também tem sido corriqueira, e crescente, a procrastinação. Parente próximo da ataraxia, esse mecanismo disfarça a apatia ao adiar atitudes importantes sob a alegação da existência de outras prioridades. É evidente que os líderes da linha procrastinadora precisam de ajuda, mas exatamente por sua posição “no topo da cadeia alimentar corporativa” relutam em aceitar o necessário auxílio. Com essa postura tornam-se ainda mais tóxicos para a organização, contaminando todo o corpo executivo com um outro “vírus” tácito: o da mediocridade. 

Para o combate a essa ataraxia do líder é fundamental que o conselho de administração deixe de se concentrar numa mera agenda de conformidades para, em vez disso, realmente tratar das estratégias da organização. Assim pode expulsar os líderes do esconderijo da inércia operacional, de maneira que exerçam as funções inerentes ao cargo — liderar a estratégia com ousadia, visão e propósito. 


Alexandre Fialho ([email protected]) é sócio-fundador da Filosofia Organizacional, conselheiro de diversas empresas, mentor de grandes líderes e professor

 

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