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Sonho de ser a maior
Parceria com Stratus leva Senior Solution a alcançar a liderança do segmento por meio de aquisições

, Sonho de ser a maior, Capital AbertoCinco anos de namoro. Esse foi o tempo que a Stratus e a Senior Solution, desenvolvedora de softwares para companhias do ramo financeiro, levaram para oficializar a parceria. O tempo parece longo, mas não é nenhuma aberração no universo do private equity. Na verdade, são muitas as empresas dispostas a receber recursos, mas poucas as que realmente satisfazem à proposta de um fundo. Hoje, depois de diversas aquisições, a Senior se tornou líder do seu segmento, com market share em torno de 5% do mercado de softwares aplicativos (que processam operações financeiras). Embora pareça pequeno, o percentual é representativo se considerada a pulverização do setor. E o casamento com a Stratus, ao que tudo indica, ainda está longe de acabar.

A Senior Solution nasceu em 1996, com foco na prestação de serviços na área de tecnologia. Atendia a diversas instituições financeiras que, com o passar dos anos, começaram a evidenciar a demanda por softwares. Essa foi a senha para que, em 2000, Bernardo Gomes e Luciano Camargo, sócios-fundadores da empresa, elaborassem um plano de negócios para captar recursos e financiar o desenvolvimento dos novos produtos. A estratégia foi visitar gestores de fundos de private equity. “A Stratus foi quem mais se interessou, mas ainda éramos muito pequenos para receber os recursos”, lembra Gomes. Na época, a empresa faturava menos de R$ 3 milhões ao ano e tinha cerca de 40 funcionários.

Senior Solution alcança market share de 5% no mercado de softwares para operações financeiras

Passados cinco anos de contatos informais, a Stratus finalmente comprou 17% do capital da Senior. O BNDES, através da sua empresa de participações, adquiriu outros 13%, deixando 70% do capital nas mãos dos fundadores. Depois do aporte, a Senior deu um salto. Foram quatro aquisições em dois anos. O primeiro alvo foi a NetAge, empresa concorrente que tinha uma considerável carteira de clientes. Em seguida, vieram a Pulso, especializada em segurança para internet; a Impactools, que atuava nos segmentos de seguros e previdência; e a Intelectual Cap, que desenvolvia produtos para gestoras de fundos. No final de 2008, a Senior já faturava R$ 32 milhões.

“Quando a Stratus e o BNDES entraram na empresa, fizemos investimentos significativos para nos preparar para o crescimento”, diz Gomes. As áreas financeira, de recursos humanos e comercial foram o foco dessas melhorias, assim como a estrutura de governança corporativa. A chegada dos sócios financeiros exigiu a estruturação de um conselho de administração: dois membros indicados pelos fundadores, um pelo BNDES, um pela Stratus — Alberto Camões (foto) —, e um independente. E como a Stratus atua no desenvolvimento da empresa? “Via conselho de administração e nos orientando. Nosso diretor financeiro, por exemplo, foi indicado pelos investidores”, conta Gomes.

“Estamos dispostos a manter nossa participação por um ciclo prolongado, mesmo diante de uma abertura
de capital”

A Stratus quer preparar suas investidas para seguir os padrões de governança do Novo Mercado. E essa intenção chamou a atenção da própria Bovespa. Tudo começou em 2002, quando o Stratus GC, fundo que aportou recursos na Senior, foi lançado. A sigla representa as iniciais de “growth capital”, mas acaba servindo também para governança corporativa. Na lâmina de apresentação da proposta às empresas, a Stratus declarou sua intenção de preparar as candidatas para a abertura de capital. A bolsa gostou tanto da ideia que entrou como investidora, comprando uma cota do fundo. O aporte foi simbólico, mas deu o recado institucional de apoio ao private equity como veículo para o desenvolvimento de empresas.

Os planos da Stratus com a Senior vão longe. “Estamos dispostos a manter nossa participação por um ciclo prolongado de investimento, mesmo diante de uma possível abertura de capital”, conta Gonçalves. O gestor já tem em mente, e na ponta da língua, o que seria o futuro ideal para a parceria entre a Stratus e a Senior Solution: fazer mais uma aquisição no começo deste semestre, estrear no Bovespa Mais ainda este ano, fazer outras três aquisições em 2010, superar a casa de R$ 100 milhões de faturamento, crescer um pouco mais para ingressar no Novo Mercado, e comprar uma empresa no exterior. E a saída da Stratus em meio a uma programação tão intensa? “Não imaginamos sair no IPO e nem no ingresso no Novo Mercado. A meta é vender a participação aos poucos, em bolsa”, diz Gonçalves.


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