Entre 16 e 18 de abril, Tóquio sedia uma conferência promovida pela CCP12, organização que reúne as 20 maiores clearings no mundo, para discutir o papel das contrapartes centrais (central counterparties) no gerenciamento de risco em mercados financeiros globais. A presidente do CCP12 e diretora de operações da Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), Amarílis Prado Sardenberg, vai abrir o ciclo de debates. “Vamos discutir as crises recentes e de que forma as contrapartes podem colaborar para evitar que esse tipo de situação aconteça.” A participação maior desses agentes no gerenciamento de risco do mercado poderia ajudar a evitar que o mercado fosse pego de surpresa por grandes perdas.

A diretora de operações da CBLC vai moderar o painel sobre os desafios das contrapartes centrais diante do crescimento das transações entre mercados, do surgimento de sistemas alternativos de negociação e de novos produtos, como é o caso dos derivativos de crédito. Além das maiores CCPs do mundo, participarão reguladores, representantes de bolsas, instituições financeiras globais e centrais depositárias, que discutirão temas como harmonização regulatória e as novas necessidades criadas por mercados cada vez mais internacionalizados.

“Vamos abordar a metodologia de risco, discutindo vários modelos. Não é possível dizer que algum deles seja o correto, mas iremos debater as implicações em se optar por cada um”, diz Amarílis. Ela lembra que, diante do aparecimento de novos produtos e mercados, é preciso criar um fórum para evitar limitações e engessamentos desnecessários e, ao mesmo tempo, trazer eficiência para a infra-estrutura de compensação e liquidação. “Temos de avaliar toda a cadeia envolvida para indicar quais os melhores caminhos, o que acaba ajudando toda a regulação.”