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Economistas veem dados do mercado de trabalho nos EUA com cautela
Payroll e ISM de Serviços apontam direções contrárias; início do corte no juro americano não é claro
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Os Estados Unidos criaram 216 mil vagas de trabalho no mês de dezembro, segundo dados do Payroll divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego ficou estável em 3,7% no mês. O número de pessoas desempregadas nos EUA permaneceu praticamente inalterado em 6,3 milhões.

O Payroll americano é sempre muito aguardado por indicar uma tendência para o juro nos Estados Unidos, referência global para bolsas e outros ativos. Na última reunião do Federal Reserve (Fed), os juros do país ficaram inalterados, na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, no maior nível desde 2001. A expectativa era de que a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), marcada para os dias 30 e 31 de janeiro, sinalize proximidade de corte nos juros.

“O Payroll ficou muito acima das expectativas do mercado (Mediana Bloomberg: 175 mil). Mesmo com a redução líquida de 71 mil empregos na revisão nos dois meses imediatamente anteriores, o resultado do mês é notável”, comenta Gino Olivares, economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, acrescentando que os salários também registraram crescimento de 0,4% em dezembro, mesma taxa de novembro e acima das expectativas (Mediana Bloomberg: 0,3%).


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Cenário sem mudanças

Na visão de Olivares, os dados do mercado de trabalho americano, mesmo sendo um pouco diferentes do que era esperado, não representam grandes mudanças no cenário. “Trajetórias de desaceleração gradual da atividade não costumam ser lineares. Oscilações em torno da tendência vão acontecer; e não deveriam ser motivo para perder a calma.” Olivares acrescenta outro dado importante divulgado também nesta sexta-feira que reforça a tese de que os processos de desaceleração não são lineares. “O ISM do setor de Serviços apontou o indicador de emprego (43,3) muito abaixo das expectativas (Mediana Bloomberg: 51,0), e em território contracionista.”

O economista sênior do banco Inter, André Cordeiro, tem visão semelhante. “Boa parte do crescimento vem de setores menos cíclicos, como setor público, educação e saúde, que crescem 3,7% na taxa acumulada dos últimos 12 meses em dezembro, e com tendência de alta, o que destoa do setor privado como um todo e dos setores muito cíclicos, este último com variação negativa desde julho de 2023”, explica Cordeiro.

Juro americano

O economista lembra que outros dados divulgados ao longo da semana confirmam a visão, citando os pedidos de seguro-desemprego e o Payroll divulgado pela ADP. “Esse resultado conflita com a expectativa de mercado de que os cortes na taxa de juros por parte do Fed já se iniciem em março. Vemos pouco espaço isto ocorrer, especialmente com os salários crescendo a uma taxa incompatível com a meta de inflação de 2% e em tendência de aceleração, uma vez que cresce a 4,3% na taxa dos últimos 3 meses anualizadas.”  


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