A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) editou, no último dia 6 de julho, a Instrução 483, que dispõe sobre a atividade de analista de valores mobiliários. Dois anos se passaram desde o início da audiência pública, mas os principais pontos propostos pelo regulador foram mantidos — dentre eles, a delegação da certificação dos profissionais de análise a outras entidades. A tarefa ficará nas mãos da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), mas a CVM dispensará de exames os analistas aprovados por órgãos internacionais, como o CFA Institute. A nova regulação já produziu resultados. Em relação ao ano passado, o número de inscritos nas provas do CFA no Brasil subiu 17%.
Gabriela Franco, gerente geral para América Latina do CFA Institute, está confiante no potencial de crescimento do mercado brasileiro. Ela observa que o porte da indústria financeira local, em número de empregos gerados, é similar ao do Canadá. “Mas lá existem 11,4 mil analistas certificados, ao passo que no Brasil são só 322”, compara.
Em relação aos Bric, o Brasil tem mostrado menor procura pelo CFA. Nos últimos cinco anos, a taxa de crescimento do número de inscritos foi de apenas 18%. No mesmo período, a China avançou 21%; a Rússia, 33%; e a Índia, 61%.
A América Latina registra a menor presença de profissionais com certificação CFA do mundo — 965. Enquanto isso, África e Oriente Médio somam 2,3 mil certificados, e a Ásia (região do Pacífico), 14,4 mil. Na Europa, são 15 mil os analistas aprovados nos exames. “Somos pouco representados na América Latina e estamos comprometidos a mudar essa situação”, declara Bob Johnson, diretor administrativo sênior do CFA.
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