
As empresas de alimentos estão enfrentando pressão crescente de investidores preocupados com o risco da chamada resistência antimicrobiana. Esse problema está associado a quase 5 milhões de mortes por ano em todo o mundo. E já causou perdas econômicas globais de cerca de 100 trilhões de dólares, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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A resistência antimicrobiana decorre do uso excessivo de antibióticos. Cerca de 70% da produção desse medicamento é consumida por animais para prevenção de doenças. Por essa razão, companhias que produzem ou compram grandes quantidades de carne tornaram-se alvo de grupos de acionistas ativistas interessados em coibir a prática.
Excesso de carne
Um desses grupos é a Fairr, que reúne investidores focados nos riscos relacionados à criação intensiva de gado. A rede tem o apoio de cerca de 370 investidores de todo o mundo, com ativos combinados de 71 trilhões de dólares.
Outro grupo que tem se envolvido na causa é o Shareholder Commons. Ele ajudou a organizar várias resoluções apresentadas em assembleias anuais neste ano com o objetivo de persuadir empresas de alimentos a limitar o uso de antibióticos. Há também o Cambridge Universal Owners, criado por líderes de fundos de pensão e acadêmicos da universidade. Eles buscam envolver fundos de pensão e endowments na luta contra a resistência antimicrobiana.
No mês passado, a Fairr anunciou que 71 investidores institucionais e representantes de investidores, representando 15,2 trilhões de dólares em ativos combinados, estavam focando sua atenção em 12 empresas de restaurantes de fast food na América do Norte. O grupo inclui McDonald’s, Yum Brands, proprietária do KFC e Pizza Hut, e Restaurant Brands International, proprietária do Burger King.
“Os investidores são uma arma vital nessa luta. Os políticos podem fazer muito a respeito, mas os investidores têm muito poder”, observou ao Financial Times Dame Sally Davies, enviada especial do governo do Reino Unido para assuntos relacionados à resistência antimicrobiana.
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