
A queda nas taxas de juros promovida pelo Banco Central e as previsões de inflação sob relativo controle deixaram as empresas brasileiras mais otimistas e com planos de aumento de investimentos em 2024.
A conclusão é da edição de outubro do relatório trimestral S&P Global Brazil Business Outlook.
De acordo com o levantamento, “os planos de contratação, os gastos de capital e os orçamentos alocados para pesquisa e desenvolvimento (P&D) foram revisados para cima”.
“Algumas empresas têm a intenção de abrir novos escritórios, enquanto outras visam alocar recursos para a diversificação de produtos, novas tecnologias e inteligência artificial”, comentou Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia na S&P Global Market Intelligence.
Investimento em 2024
Também há, segundo Pollyanna, uma maior disposição das empresas de fazer rodadas de recrutamento no próximo ano, “com intenções de contratação mais fortes nas empresas de manufatura e em seus prestadores de serviço”.
Apesar do otimismo, porém, o relatório nota que “preocupações em torno das condições competitivas diminuíram o sentimento em relação à lucratividade”.
O sentimento positivo entre as empresas brasileiras que compõem o painel da S&P é o segundo maior entre os 12 países com dados comparáveis.
No Brasil, o saldo líquido dos painelistas que prevê crescimento é de 40%, índice menor apenas do que o registrado na Rússia.
O otimismo é maior entre os produtores de bens, com saldo líquido de +49%, valor mais alto desde junho de 2022, do que entre os provedores de serviços.
Segundo o relatório, os fabricantes destacam, entre os fatores positivos, a reforma tributária, novos lançamentos de produtos, planos de investimento, ganhos de eficiência, estabilidade de preços e uma política monetária acomodatícia.
“A trajetória das expectativas de inflação parece apontar para uma estabilidade geral em 2024”, argumenta Pollyanna.
“Se isso se concretizar, os consumidores poderiam planejar os gastos com maior certeza, as empresas poderiam se comprometer com decisões de investimento de longo prazo e o Banco Central poderia continuar reduzindo a taxa de política de referência para níveis mais favoráveis aos negócios.”
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