A Financial Conduct Authority (FCA), reguladora dos mercados financeiros no Reino Unido, anunciou a nomeação de um grupo independente dedicado a trabalhar no desenvolvimento de um código de conduta voluntário para provedores de rating ESG (sigla, em inglês, para ambiental, social e de governança). A iniciativa tem como objetivo aumentar a transparência e a confiança nos mercados de dados e classificação de risco relacionados a fatores ESG, uma vez que os investidores que adquirem produtos com esse perfil frequentemente de apoiam nessas informações para tomar suas decisões.
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Atualmente, a FCA não regula esses prestadores de serviços, mas no início deste ano apoiou uma proposta do governo de rever essa situação. “Se o governo ampliar nosso perímetro regulatório, nos comprometemos em tomar as medidas necessárias para elaborar um regime proporcional e eficaz, com foco nas recomendações da Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (IOSCO) para esses serviços”, afirmou a FCA. “Isso inclui transparência, boa governança, gestão de conflitos de interesse e sistemas e controles.”
Enquanto o governo não toma uma decisão a respeito, a FCA vem encorajando o mercado de classificação de risco ESG a adotar regras voluntárias. O grupo responsável pelo desenvolvimento do código inclui a International Capital Market Association (ICMA) e o International Regulatory Strategy Group (IRSG), que foi nomeado para liderar o trabalho. No início deste ano, o IRSG também pediu que o setor de rating ESG fosse regulamentado, em meio a preocupações com transparência e falta de clareza e consistência nos dados fornecidos por esses prestadores de serviços.
Em entrevista ao Financial Times, Pierre Bollon, que atua no Comitê Econômico e Social Europeu (CESE) e é representante geral da Associação Francesa de Gestão de Ativos, observou que os provedores de dados ESG desempenham um papel importante no setor de investimentos e deveriam ser alvo de regulamentação. “Os investidores têm pedido para as empresas produzirem uma quantidade enorme de informações relacionadas aos princípios ESG. Neste contexto, os provedores de dados se tornam uma parte cada vez mais fundamental da cadeia financeira, e não vejo por que essa parte chave não estaria sob escrutínio [do regulador], como outros players do mercado”, acrescentou.
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