De acordo com recente relatório publicado pela McKinsey, a diversidade nas firmas de private equity apresentou um progresso moderado no ano passado. O estudo refere-se ao conjunto denominado pela sigla DEI — diversidade, inclusão e equidade. Ainda há, segundo o relatório, muito trabalho pela frente.
Os números mostram que, no fim de 2022, as mulheres representavam 17% dos cargos executivos em empresas globais de private equity, um aumento de 3,5% em relação ao ano anterior. Já nos comitês de investimento, 18% das posições eram ocupadas por minorias étnicas e raciais, em comparação com 9% em 2021.
O mapeamento desses dados tornou-se importante nos últimos anos, diante da demanda dos investidores institucionais para que as firmas de private equity divulgassem informações mais abrangentes sobre DEI durante o processo de captação de recursos. Entre 2016 e 2018, 47% das empresas do setor tiveram de fornecer dados sobre DEI relativos tanto a suas equipes de investimento quanto a empresas do portfólio. Esse número aumentou para 52% entre 2019 e 2021.
Longe do ideal
Apesar da pressão dos investidores, a diversidade nas firmas de private equity ainda está muito longe de alcançar um nível satisfatório. Nessas empresas, as mulheres ocupam muito mais posições operacionais e administrativas do que relacionadas com investimentos, de acordo com o relatório. Em 2022, o público feminino estava representado em apenas 33% dos cargos de investimento. Esse percentual se compara com 44% de mulheres nos cargos de operação e 59% em outros cargos não relacionados a investimentos.
E para piorar, a possibilidade de elas ascenderem é muito menor. “Homens nessas posições têm, em média, cerca de 50% mais chances de ascenderem do que colegas do sexo feminino. E essa tendência persiste em todos os níveis de cargos de investimento”, acrescenta o relatório.
Para além das mulheres, profissionais negros e hispânicos estão sub-representados na indústria de private equity. Embora constituíssem 14% e 19% da população dos Estados Unidos, respectivamente, em 2022, eles ocupavam 8% e 9% dos cargos de diretor geral nas principais empresas do setor.
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