A edição de setembro do jornal Pension & Investments (P&I) mostra que os 300 maiores fundos de pensão do mundo apresentaram um crescimento anual de 11,5% de seus ativos em 2006, atingindo a cifra histórica de US$ 10 trilhões sob gestão. Os resultados provêm de uma pesquisa conjunta do periódico com a empresa de consultoria Watson Wyatt. Os 300 maiores fundos de pensão representam cerca de 40% do mercado global de previdência, e os 30 maiores correspondem, sozinhos, a 20%.

Os três maiores veículos identificados pela pesquisa foram o Tokyo (fundo de investimento e pensão do governo japonês), o Oslo (fundo de pensão do governo norueguês) e o Heerlen (fundo de pensão do governo holandês), com US$ 936 bilhões, US$ 286 bilhões e US$ 274 bilhões em ativos, respectivamente. Eles fazem parte dos chamados “fundos de pensão soberanos”, constituídos nos últimos anos por governos de países desenvolvidos com o intuito de atender às demandas de populações com faixa etária cada vez maior. Na pesquisa, foram identificados 22 fundos soberanos entre os 300 maiores, com US$ 2,4 trilhões sob gestão no total. O Calpers, maior fundo de pensão norte-americano, com US$ 218 bilhões em ativos na ocasião do levantamento, ficou com a quarta colocação, seguido pelo Seoul (fundo de pensão nacional da Coréia do Sul), com US$ 203 bilhões.

De acordo com Roger Urwin, chefe global de investimentos da Watson Wyatt, em entrevista ao P&I, “os fundos de pensão soberanos estão crescendo e se tornando cada vez mais influentes. Muitos estão ansiosos por investimentos em veículos alternativos, como fundos hedge e de private equity, e suas estratégias de investimento vêm evoluindo rapidamente. No geral, existe uma fórmula na indústria muito difundida: 60% de investimentos em ações, 33% em renda fixa e 7% em investimentos alternativos”.

Observou-se, na pesquisa, uma queda gradual da proporção dos ativos dos fundos de pensão norte-americanos em relação ao total da indústria de fundos de pensão (43% contra 63% na pesquisa realizada cinco anos antes). Entre os principais mercados, constatou-se um forte crescimento (40% em dólares norte-americanos) dos ativos dos fundos de pensão australianos em relação ao ano anterior. Esse aumento foi resultado da instituição de um sistema obrigatório de contribuição definida, que ajudou a aumentar as entradas do sistema, e da adoção de técnicas para decisões de investimento mais sofisticadas.