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On-line com o manda-chuva
Teleconferência trimestral da Gerdau conta com presença do CEO, preparação intensa e apoio do comitê de divulgação

, On-line com o manda-chuva, Capital AbertoDesde que assumiu o posto, em janeiro de 2007, o atual presidente do Grupo Gerdau, André Gerdau, participa dos encontros da empresa com seus investidores e analistas, seguindo tradição mantida pelo pai, Jorge. Particularmente nas teleconferências da companhia, sua presença assídua faz toda a diferença. No geral, as apresentações trimestrais desse tipo de reunião ficam a cargo exclusivo do executivo de RI ou contam com o presidente apenas uma vez por ano. “Geralmente, as questões mais estratégicas são respondidas pelo presidente com complementos meus, quando necessário”, afirma o vice-presidente executivo de Finanças, Controladoria e Relações com Investidores do grupo, Osvaldo Burgos Schirmer. “As perguntas operacionais são mais dirigidas a mim. Esta divisão tem dado muito certo”, completa.

O “feedback” dessa dobradinha é bastante positivo. “A teleconferência serve para o analista obter informação rápido, assim que sai o balanço, dias antes das reuniões presenciais com a empresa”, afirma Rodney Otero Melhados, analista da Planner Corretora de Valores. “A presença de altos executivos é essencial para a qualidade da informação”, completa. A gerente de análise do escritório de consultoria em investimentos da Lopes Filho & Associados, Leila Almeida, concorda. “A participação do presidente André Gerdau dá outro tom às teleconferências da empresa”, afirma.

As apresentações trimestrais por telefone e internet para o mercado — além das extraordinárias, que ocorrem quando há um anúncio de aquisição ou outro fato relevante que foge do calendário — demandam intensa preparação da equipe de RI da Gerdau. “Nós temos um comitê de divulgação que é interdisciplinar. Dele fazem parte o presidente, eu, o pessoal das áreas de RI, jurídica, comunicação e contábil”, conta Schirmer. O comitê faz duas reuniões prévias baseadas no material preparado por seus técnicos antes de cada apresentação de resultados. “Nós levantamos as perguntas mais prováveis que venham a surgir na teleconferência e cada área dá suporte para a elaboração das respostas”, diz o vice-presidente. Nessas reuniões, também são preparados os textos básicos, que explicam, por exemplo, a motivação dos investimentos previstos, planos de expansão e outras medidas.

Nos últimos anos, alguns dos procedimentos que já eram adotados pelo comitê de divulgação foram incrementados para atender às exigências da lei Sarbanes-Oxley (SOX). A legislação surgiu em 2002 nos EUA, na esteira dos escândalos financeiros de grandes conglomerados como Enron e Worldcom, no sentido de tornar mais rigorosas as regras que regem a divulgação e a emissão de relatórios financeiros. Por esse motivo, segundo o executivo, as reuniões do comitê de divulgação passaram a contar com ata e outros procedimentos que garantem a lisura e a clareza do trabalho.

O comitê também estipula um roteiro para a apresentação da teleconferência. “Procuramos segui-lo à risca, pra que as explanações iniciais não se prolonguem demasiadamente, o que reserva maior espaço e energia para as perguntas do público participante”, diz. Esse procedimento foi moldado ao longo do tempo. A Gerdau faz teleconferências há 12 anos e, durante esse período, foi colhendo as impressões dos investidores em pesquisas feitas no Brasil e no exterior. “O formato escolhido é bom, porque explanações grandes são desgastantes. É péssimo ficar pendurado muito tempo no telefone”, afirma Melhados.

Outra preocupação da Gerdau é realizar teleconferências em inglês e em português. O roteiro da apresentação permanece disponível no site da empresa depois da apresentação, nas duas línguas. As perguntas e respostas não são transcritas. “Fazíamos isso antes, mas ficava muito chato de ler”, diz o executivo. O público pode fazer perguntas apenas pelo telefone. A interatividade ainda não é possível pela internet, na qual se pode assistir à apresentação.

A proposta da Gerdau é esforçar-se sempre para que a teleconferência não seja um evento cansativo. Uma das mais recentes tentativas nesse sentido ocorreu na última teleconferência, no início de maio. “Percebemos que as perguntas, tanto na conferência em inglês como naquela em português, eram feitas pelos mesmos participantes. Então experimentamos realizar a reunião exclusivamente em inglês, com tradução simultânea para o português”, conta Schirmer. Nesse caso, quem optou pelo português ouviu apenas a voz dos tradutores. “Estamos apurando se este modelo é melhor”, conta. A teleconferência da Gerdau costuma durar cerca de 1 hora e 40 minutos.

A Gerdau afirma que a audiência de suas teleconferências tem aumentado muito nos últimos tempos. Há poucos meses, a média de participantes ao telefone variava entre 40 e 60. Na última teleconferência, em maio, esse contingente chegou a 122 pessoas, além de 230 conectadas pela internet. “O número de participantes vem crescendo a cada trimestre porque o setor e os resultados da companhia passam por um momento muito bom”, diz o vice-presidente. Tal interesse demandou, recentemente, reforço na equipe de RI. Hoje, o departamento conta com sete integrantes.


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