Nada de estrutural mudou no Brasil, mas a perspectiva de uma nova condução política tem sido suficiente para animar os investidores. Eles parecem ter lembrado que, ao ser comparado com outros destinos no mapa global, o País não parece tão mal: tem ambiente institucional organizado, grande potencial para avanço em certos setores, boas oportunidades de consolidação de negócios e agora — quem sabe — uma possibilidade de estabilização do câmbio. Frente à liquidez pujante despertada por taxas de juros próximas de zero no exterior, o Brasil reluz, assim como seus fundamentos.
Na matéria de capa desta edição, comemorativa dos 13 anos da Capital Aberto, quatro gestores de fundos internacionais desfiam suas impressões sobre o País. Eles advertem que muito trabalho duro ainda é necessário, mas transmitem um otimismo providencial. Em entrevista à Papo Aberto, Patrice Etlin, da Advent International, enfatiza as oportunidades únicas geradas pela crise econômica e pela Lava Jato. É a hora de comprar, diz ele.
Também neste número, os detalhes de um projeto de lei estruturado para o restabelecimento da confiança nos fundos de pensão. Depois de 140 pessoas terem sido indiciadas por esquemas fraudulentos e má gestão, as fundações se tornam alvo de propostas para profissionalização de diretorias, apuração de sistemas de governança e reforço de fiscalização. Na reportagem de Luciana Del Caro, participantes opinam — e divergem — sobre os meios mais eficazes para se chegar a esses objetivos.
Reportagem de Yuki Yokoi esmiúça um relatório do Ministério Público Federal sobre fraudes na Petrobras que vão além do petrolão. Ao deslocar o foco do esquema de corrupção para a manobra relacionada aos preços dos combustíveis, os procuradores acusam os conselheiros de ilegalidade por terem aceitado impor prejuízos à companhia em benefício de uma política macroeconômica — o controle da inflação.
O professor Alexandre Di Miceli da Silveira enumera, em sua coluna, dez atributos para a governança do século 21. Na base do modelo proposto estão uma nova mentalidade sobre o que constitui o sucesso empresarial e uma valorização dos meios em relação aos fins. Chegou o momento, afirma o colunista, de se revisitar aspectos fundamentais. E de se perguntar: “Qual deve ser o propósito das companhias como órgãos da sociedade?”
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