A London Stock Exchange (LSE) identificou mais uma oportunidade para se tornar o principal centro financeiro do planeta: os sukuks. Em 2006, esses títulos de dívida que obedecem aos princípios da lei islâmica atraíram grandes levas de investidores de todo o mundo para a Bolsa de Dubai. Até então, eles eram vistos com reserva por conta de suas características consideradas “exóticas”: os retornos devem ser provenientes da valorização dos ativos reais a que os papéis estão atrelados — já que o islã proíbe a prática dos juros — e a renda não pode ser proveniente de atividades consideradas impróprias, relacionadas a jogos de azar e apostas ou mesmo à produção de armas, bebidas alcoólicas, tabaco ou derivados da carne de porco.
Mas o passo que o mercado considera definitivo para a sua popularização era esperado para o início de março, quando as primeiras emissões de mais de US$ 1 bilhão estavam programadas para ocorrer na bolsa inglesa. Os sukuks foram estruturados por dois grandes bancos europeus, o Credit Suisse e o Barclays Capital. A expectativa é que a listagem fora de Dubai estimule o mercado secundário desses títulos e atraia novos lançamentos no médio prazo.
Mark Hammarskjold, diretor da divisão de finanças estruturadas do Credit Suisse, afirmou em entrevista ao jornal Financial Times que a escolha da LSE para listar os papéis se deveu especialmente à grande visibilidade que ela pode oferecer, tanto aos títulos quanto a seus investidores. Hoje, o valor movimentado pelos sukuks em todo o mundo já passa dos US$ 70 bilhões.
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