Um relatório do Banco Morgan Stanley publicado em fevereiro, no Reino Unido, denominado “Private Equity: Selling the Family Silver”, ignorou os tópicos mais freqüentemente citados quando se fala de fundos private equity (PE). No lugar de avaliar as altas taxas de retorno geradas ou os ganhos conferidos à gestão, o estudo se centrou nos efeitos de longo prazo que a atuação desse tipo de fundos pode ter sobre o mercado de capitais em geral.
Para os analistas do banco, os fundos PE têm criado valor para si mesmos e seus investidores às custas do mercado de ações ao “cristalizar” o valor futuro das companhias. Ou seja, ao explorar ao máximo os recursos disponíveis para gerar resultados no tempo determinado para o investimento, esses fundos inibem as condições para que a companhia crie valor no longo prazo, depois de sua saída. “Enquanto, no curto prazo, a sua influência é universalmente entendida como positiva — considerando que a demanda adicional por ações criada por eles eleva os preços como um todo —, os retornos futuros tendem a ser menores do que poderiam”, diz o texto. A tese é embasada por testes de performance de uma amostra de ações e complementada por uma série de precauções que os investidores podem tomar. Dentre elas estão as de redobrar o cuidado na análise de companhias que reproduzem as técnicas de criação de valor no curto prazo desenvolvidas pelos fundos PE e de pensar duas vezes antes de adquirir ações de companhias que apresentem margens apertadas de Ebtida antes da oferta inicial de ações (IPO).
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