Circula no mercado, desde o fim de 2005, a aposta de 20 novas ofertas públicas de ações (IPOs) para este ano. A vinda de algumas delas irá marcar a estréia de novos setores na bolsa, como o de meios de pagamento. Ainda sem confirmação de chegada, ele vem representado pela Visanet e pela processadora de cartões CSU, cujo pedido de oferta pública já foi registrado para análise da CVM.

Estudo da consultoria Boston Consulting Group, publicado em 2005, com representantes de mais de 40 instituições financeiras no mundo todo projeta crescimento de 34,5% para os próximos cinco anos — devendo movimentar perto de US$ 390 bilhões em 2011. No Brasil, de acordo com dados do Banco Central, o aumento no número de cartões de crédito foi de 82% entre os anos 2000 e 2004, o de cartões de débito chegou a 74,4% e o de cartões emitidos por grandes cadeias varejistas (retailer cards), a 138%. O crescimento apóia-se, principalmente, na expansão da rede de estabelecimentos credenciados para fora dos grandes centros urbanos e das carteiras dos retailer cards.

A diversificação dos setores representados pelas companhias de capital aberto confere relevância ao mercado de capitais, que passa a refletir a economia com maior precisão. Dentre os outros que devem debutar na Bolsa está o de biciletas e motos, representado pela Brasil & Movimento, fabricante da marca Sundown, que tem seu pedido de abertura de capital em análise na CVM.

O mercado também atrai novas participantes de segmentos que até então contavam com participantes isoladas. É o caso das áreas de TV por assinatura e de saneamento, que foram reforçadas pela chegada da segunda maior operadora do País, a Vivax, e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Outro setor que deve ganhar reforço é o de energia, com uma oferta pública de ações da Companhia Energética do Maranhão, a Cemar.