Transparência, eqüidade, prestação de contas e sustentabilidade. Embora esses quatro princípios da governança corporativa ainda careçam de alguma atenção por parte das empresas brasileiras, o menos incorporado à nossa realidade é o último – justamente o que garante a continuidade das boas práticas.
Esta foi a principal conclusão de uma pesquisa realizada pela KPMG, com representantes e CEOs de 50 grandes empresas brasileiras, quase metade delas de capital aberto. Segundo o estudo, 50% dos entrevistados afirmaram que, no Brasil, a aplicação da governança corporativa ainda é insuficiente.
Quando questionados sobre a adoção dessas práticas em suas companhias, três em cada cinco assumiram que precisavam melhora-las. Ninguém apontou a contabilidade entre os itens que estariam mais vulneráveis a erros ou fraudes, e apenas 7% indicaram a tesouraria. As maiores preocupações ficaram localizadas nas áreas de tecnologia da informação e compras, cada uma com 29% das respostas.
Para Sidney Ito, coordenador do estudo e sócio da KPMG, o resultado mostra que o Brasil vivencia um novo momento nas preocupações com governança. Por um lado, boa parte das empresas listadas já fez a lição de casa para blindar a área contábil. “Porém, elas se muniram de tantas normas e legislações para enfrentar o fraudador de balanço que esqueceram de proteger setores mais simples, como o de compras, dos efeitos de uma má administração”, diz. “É como se a governança tivesse sido adotada para atender os anseios do mercado no curto prazo.”
A KPMG ainda quis saber como era o ambiente de gerenciamento e controle de riscos nos negócios do público presente: 65% admitiram ser deficiente ou pouco rigoroso. Quase metade acrescentou que esses controles eram feitos, em 80% das vezes, de forma manual e não automatizada. A grande maioria afirmou ter controles internos detectivos (apenas 20% disseram ter controles preventivos), e mais da metade não acreditava que seus funcionários se sentiriam à vontade para denunciar um comportamento inadequado.
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