Membros de conselhos de administração precisam mais do que reformas regulatórias para se tornarem efetivos. Eles carecem de afeição pelas companhias servidas. A opinião, aparentemente romântica, é de Simon Wong, sócio da prestadora londrina de serviços de governança Governance for Owners. O que ele realça é a importância de os conselheiros, principalmente os externos e independentes, pensarem como donos, já que são eleitos pelos acionistas. Para isso, é necessário que se sintam ligados “emocionalmente” com as companhias.
A partir da experiência pessoal de 15 anos de contato com boards, ele reuniu suas conclusões no artigo Elevating Board Performance: The Significance of Director Mindset, Operating Context, and Other Behavioral and Functional Considerations. No texto, o especialista ressalta que as mudanças promovidas pela regulamentação se focaram, sobretudo, na estrutura, na composição e nos processos do conselho, mas pouca atenção é dada aos aspectos humanos do funcionamento do órgão.
“Conselheiros externos têm menos paixão pela missão da companhia”, acredita Wong. Para aproximar as duas partes, ele sugere que conselheiros interajam com funcionários de outras áreas. Isso inclui, por exemplo, visitas às operações e viagens com executivos. Caberia ao presidente do conselho estimular esse convívio. “Se o conselheiro não tem tempo para se dedicar a isso, ele nem deveria ser contratado.” Como forma de estímulo financeiro, Wong propõe ou o recebimento ou a compra compulsória de ações da empresa pelos conselheiros. Os papéis só poderiam ser vendidos depois da saída do profissional do cargo.
Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.
Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.
User Login!
Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.
Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais
Ja é assinante? Clique aqui