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Pesquisa desabona independência de conselheiros indianos

Um estudo elaborado em conjunto pela consultoria AT Kearney, pelo escritório de advocacia AVB & Partners e pela empresa de recrutamento de executivos Hunt Partners descobriu que 90% das companhias indianas selecionaram, entre 2005 e 2006, como conselheiros independentes pessoas indicadas pelos CEOs ou presidentes dos conselhos a partir de suas redes de contatos pessoais. De acordo com Chetan Modi, representante da Moody’s Investors Service na Índia, em entrevista ao Financial Times, alguns conselheiros são classificados como independentes apesar de laços de longa data com os controladores das empresas: “assim, um acionista controlador pode eleger amigos da família e apresentá-lo como independente para fins de reporte público”.

Desde 2006, a Cláusula 49, instituída pela Sebi (Securitites and Exchange Board of India, órgão regulador local), obriga que metade do conselho seja composta por conselheiros independentes caso a mesma pessoa exerça as funções de CEO e presidente do conselho. Se os cargos forem ocupados por pessoas distintas, a regra exige o mínimo de um terço de independentes. A fragilidade na seleção de conselheiros independentes é exacerbada por outros problemas. Em outro trabalho, a Moody’s havia constatado que 75% das empresas não possuem um Comitê de Nomeação no conselho de administração, prejudicando a avaliação de potenciais candidatos.

A pesquisa, realizada junto a conselheiros de 100 grandes empresas, apresentou outros resultados interessantes. Em média, os conselheiros denominados independentes atuam em oito conselhos de administração na Índia, um número muito elevado que demonstra, simultaneamente, a relativa escassez de profissionais e a seleção dos conselheiros por meio de uma rede de contatos fechada. Em relação às práticas do conselho, a pesquisa constatou que apenas 39% das empresas possuem uma avaliação formal de seus conselheiros. O percentual sobe para 64% quando a pergunta diz respeito à avaliação do conselho de administração como órgão.

O trabalho verificou ainda um aumento de mais de 50% na remuneração dos conselheiros independentes nos últimos dois anos, em grande parte devido à nova exigência legal de uma proporção mínima de independentes. Por fim, 55% dos conselheiros independentes se queixaram da comunicação com os executivos das companhias, afirmando que o material enviado antes das reuniões deveria ser “mais útil e de leitura mais amigável”.


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