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Sinal de mudança

Antes de começar a escrever este editorial, costumo fazer uma análise crítica do conjunto da obra. Da reunião de pauta que fazemos no início do mês à edição final, são muitas as mudanças. Matérias que prometiam ser capa desapontam, suposições não se confirmam e temas aparentemente secundários, felizmente, revelam sua face mais intrigante com o desenrolar de uma apuração persistente e bem conduzida. Ao avaliar o resultado da presente edição, qual não foi minha surpresa ao perceber um cenário muito mais otimista que o de dois números atrás.

Em março, a perspectiva negativa era indisfarçável. Com exceção de um ou outro texto, predominavam os investimentos cancelados, os projetos que não saíram como esperado, as demissões e a baixa liquidez dos papéis na bolsa. Desta vez, por uma feliz coincidência gerada pelos acontecimentos, a edição trata do que começou a desenrolar. Os investimentos em debêntures por aplicadores individuais, pouco comuns e há muito desejados pelo mercado, começaram a mostrar potencial. Dirigidas a um público restrito, as ofertas públicas desprovidas de chancela da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autorizadas pela Instrução 476, saíram do papel. E os comitês de incorporação, criados pelo regulador para moralizar as sempre controversas operações societárias, começaram a funcionar e terão sua independência e eficácia testadas.

Até os gestores de fundos private equity, que emergiram no início da crise como felizardos, mas logo viram que as coisas não seriam tão fáceis, estão mais animados agora. Depois de meses em que as referências de preços sumiram do mapa e as mesas de negociações congelaram sob o sentimento de apreensão, eles finalmente conseguem fechar negócios aproveitando as excelentes condições de preço proporcionadas pelo ambiente de crise.

Temos aí a reviravolta do “sim” sobre o “não”. A oportunidade que, mais hora, menos hora, aparece. A vida que segue o seu rumo influenciada pela sabedoria do tempo. Ao menos até agora, o Brasil carrega poucos arranhões. Parece que se deu bem. Despertou como a opção mais bem organizada e madura entre os emergentes, controlou suas finanças e o dólar, fez a taxa de juros cair, estimulou os empresários com e sem artifícios fiscais.

Basta olhar o noticiário de negócios e finanças em geral para constatar que a crise começa a desabrochar um semblante menos amargo. Não há dúvidas de que os resultados das companhias ainda nos reservam um punhado de más notícias. Esse é o preço que cada um tem a pagar, parcelado, sabe-se lá exatamente até quando. Mas se o que nós, jornalistas, temos para contar já é um pouco mais animador, esse é um sinal a ser comemorado.


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