O desempenho de algumas empresas latino-americanas nos últimos anos tem lhes proporcionado cacife para expandir as operações no exterior. Mas, a despeito de todos os benefícios que se espera de um processo de internacionalização, o quesito governança corporativa ainda deixa a desejar nas subsidiárias dessas empresas mundo afora, as chamadas “multilatinas”. É a conclusão tirada pelo relatório Setting Out to Conquer the World, da consultoria Booz Allen Hamilton, divulgado em novembro de 2007.
O estudo estabeleceu quatro estágios de governança corporativa — empresa do dono, empresa profissional, bom nível de governança e práticas internacionais de governança. No levantamento, a maior parte das subsidiárias de companhias latino-americanas estudadas ficou no segundo e terceiro patamares. “Descobrimos que poucas mudanças foram implementadas. A governança em operações internacionais é vista como uma extensão daquela praticada no país de origem”, cita o texto da Booz Allen.
Uma das principais constatações é a baixa presença de executivos com experiência internacional nos fóruns de governança e no conselho de administração — fato que, segundo o relatório, retarda a evolução da filial nesse quesito. O resultado desse descuido é um desalinhamento entre estratégia e execução. Devido a um suporte analítico pouco habituado ao ambiente internacional, toma-se muitas decisões inadequadas ou demoradas.
No campo dos negócios, porém, as multilatinas foram bem. Enquanto as multinacionais perderam terreno com instabilidades políticas e econômicas na região, as empresas locais ganharam corpo ao consolidar suas posições no mercado. Resultado: de 2002 a 2005, o rendimento das companhias locais cresceu 20%, contra 12% das estrangeiras. Em 2005, das 500 maiores companhias instaladas na América Latina, 59% eram de acionistas locais.
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